Ministério Público do Peru amplia investigação contra Boluarte

O procurador-geral do Peru, Juan Carlos Villena, declarou nesta terça-feira (02/04) a ampliação da investigação sobre a presidente Dina Boluarte, que além do envolvimento no escândalo de relógios de marca de luxo Rolex, a mandatária também teria recebido uma pulseira Cartier no valor de US$ 56 mil e 1,1 milhão de soles (aproximadamente US$ 300 mil dólares) em depósitos bancários de “origem desconhecida”.

A declaração foi dada durante a Comissão de Fiscalização e Controladoria do Congresso da República peruana, marcada pela ausência da presidente, embora tenha sido convocada para responder pelas investigações da operação ‘Rolexgate’. 

Ainda de acordo com o procurador, o patrimônio líquido de Boluarte, “de origem ilícita”, teria aumentado em 432 mil soles (equivalente a cerca de US$ 116 mil) nos últimos dois anos, período em que ela teria acumulado um conjunto de joias que excedem os US$ 500 mil, incluindo a aquisição dos relógios Rolex e a pulseira Cartier.

Acrescentou também que outros 1.1 milhão de soles, de “origem desconhecida”, haviam sido depositados em sua conta pessoal quando atuava no Ministério do Desenvolvimento e Inclusão Social e passou para a vice-presidência de Pedro Castillo, entre 2021 e 2022.

A ’Rolexgate’ é uma operação que, a princípio, foi aberta pelo Ministério Público para investigar a atual presidente peruana Dina Boluarte por suposto enriquecimento ilícito no recebimento de relógios da marca Rolex, sem ter apresentado a declaração dos objetos como bens. 

O caso eclodiu em 18 de março, quando um portal de notícias local publicou uma série de fotos que mostravam a mandatária usando vários relógios de luxo em diversos eventos oficiais entre 2021 e 2022. 

Por determinação do Ministério Público, a previsão é de que nesta sexta-feira (05/05) Boluarte exiba esses produtos de “origem ilícita” e preste depoimento.

(*) Com Telesur