‘Minha expectativa é chegar no Brasil, operar e poder me olhar com outros olhos’, diz brasileira espancada no Chile | Norte e Noroeste

Maressa Nunes foi espancada dentro de um apartamento durante um assalto no Chile — Foto: Encontro/TV Globo

“Minha expectativa é chegar no Brasil, operar e poder me olhar com outros olhos”, falou.

O caso aconteceu em Santiago, capital do Chile. A investigação aponta que a agressão foi cometida por três homens. Até esta quarta-feira, ninguém havia sido preso. A investigação suspeita que o principal responsável pelo crime tem envolvimento com outras ações violentas semelhantes.

A assessoria de imprensa da polícia Chilena disse à RPC que Maressa deve prestar depoimento nesta quarta antes de embarcar para o Brasil.

“Em relação ao momento que estou vivenciando, eu não consigo nem explicar, porque é um misto de muitas emoções e, infelizmente, todas elas negativas”, falou a jovem.

Durante a entrevista, Maressa contou que lembra do rosto de um dos homens e que eles entraram sem se identificar. Entenda mais abaixo.

Maressa contou ainda durante o programa que teve o nariz fraturado e um dos ossos abaixo do olho.

“Tinha uma suspeita [de fratura] do maxilar, mas levei pontos”, disse.

Amiga de Maressa também ficou ferida

Quando o crime aconteceu, uma amiga de Maressa estava no apartamento e também foi ferida.

A amiga conversou com a RPC, afiliada da Globo no Paraná, e pediu para não ser identificada. Ela contou que, enquanto o crime acontecia, Maressa lutou com os três suspeitos para evitar o estupro, que conseguiram fugir.

“Eu tenho certeza que o que ela fez ali foi para nos proteger porque a gente ia ser estuprada. Eu não sei explicar como está a minha cabeça agora, eu estou muito aflita. Eu deixei um pouco minhas dores de lado para socorrer minha amiga porque ela precisava bem mais”.

A irmã de Maressa, Larissa Nunes, reclamou da falta de apoio do consulado brasileiro no Chile.

“Eles têm conversado comigo, mas em nenhum momento deram apoio necessário do que a gente precisa realmente. Não foram no hospital, nenhum dia deram suporte, assistente social”, disse.

De acordo com o programa Encontro, o Ministério de Relações Exteriores informou que está prestando informações e assistência à Maressa e família desde o dia que o assalto foi notificado. Disse também a legislação brasileira não permite o uso de recursos públicos para o custeio de despesas médicas de brasileiros no exterior.

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O caso aconteceu em 24 de junho.

A amiga de Maressa disse que, no dia do crime, elas pediram o jantar em um aplicativo. Um homem bateu na porta, e as vítimas pensaram que era o entregador. Foi aí que o suspeito disse que era um assalto.

Depois, outros dois homens também foram ao local. Os suspeitos levaram joias e pertences pessoais das vítimas.

“Quando a Maressa abriu a porta, o cara já foi entrando. Eu escutei e fui pra sala. Aí ele já me deu uma coronhada porque eu gritei, e minha cabeça abriu, jorrando de sangue. E ele já levou a gente pro banheiro”, disse a amiga.

As agressões só pararam depois que vizinhos do apartamento escutaram os gritos de socorro e chamaram a polícia.

A mulher explicou que os homens ficaram mais de uma hora no apartamento com ela e Maressa, que teve várias fraturas no rosto.

O caso está sem acompanhado pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e pelo Ministério das Mulheres.

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