Milei e Paraguai ‘substituem’ Bolsonaro na defesa de Israel na ONU

Nos últimos meses, o governo do Paraguai também modificou sua postura e tem votado contra resoluções na ONU que denunciem Israel. Em janeiro, Assunção ainda “rechaçou” as acusações apresentadas à Corte Internacional de Justiça apontando para um genocídio cometido por Israel em Gaza e insistiu sobre a “legítima defesa” do país contra os ataques terroristas.

Agora, o alinhamento do presidente Santiago Peña ainda acontece depois do início das negociações para a abertura do mercado dos EUA para a carne do país e do projeto de fortalecer a hidrovia com a Argentina de Milei.

No total, quatro resoluções foram votadas na sexta-feira (5) no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação palestina. Sob Lula, o Brasil rompeu com o posicionamento de Bolsonaro e apoiou a causa palestina. Em duas das quatro resoluções, o Itamaraty até mesmo passou a patrocinar os textos que denunciavam a ação de colonos israelenses e que defendia a autodeterminação do povo palestino.

Mas, durante o debate, a defesa vocal aos israelenses foi feita pela Argentina. Já o Paraguai se alinhou aos EUA e votou contra todas as resoluções que poderiam afetar os israelenses.

Numa resolução que pedia que Israel fosse responsabilizado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por exemplo, o governo Milei saiu em apoio a Benjamin Netanyahu. Apenas seis governos adotaram tal postura. A resolução foi aprovada com 28 apoios, entre eles o do Brasil e do Chile.

A delegação argentina usou um argumento que fazia eco às falas das autoridades israelenses, de que o governo de Netanyahu tinha o direito de se defender e que o Hamas também precisa ser denunciado. O Paraguai também votou ao lado dos israelenses.


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