“As temperaturas recordes à superfície do Atlântico podem alimentar uma ou duas tempestades do tipo Cabo Verde na próxima semana”, lê-se no portal sobre o clima ligado à Universidade de Yale, nos EUA.
Estes sistemas de baixas pressões têm o nome do arquipélago lusófono por nascerem perto dele, mas o impacto sente-se nas caraíbas e américas, depois de se transformarem em furacões, ao atravessarem o Atlântico em direção a oeste, entre agosto e setembro.
Desta vez, a variação nos termómetros fez com que alguns modelos de previsão meteorológica disparassem o alerta para uma possível formação ciclónica já na próxima semana, lê-se no Yale Climate Connections.
“A temperatura da superfície do mar está perto de um recorde, cerca de 28 graus centígrados”, calor que fornece ainda mais energia ascendente (baixa pressão) às correntes de ar quente (ondas tropicais) oriundas do interior do continente africano.
Nos últimos anos, o estudo do mar e atmosfera tem permitido a Cabo Verde contribuir para investigações sobre as mudanças climáticas e avaliar a influência na origem de furacões — por exemplo, através do Centro de Investigação Oceanográfica do Mindelo (Ocean Science Center Mindelo – OSCM), na ilha de São Vicente.
As autoridades cabo-verdianas divulgaram há uma semana a previsão sazonal, apontando para chuvas “acima do normal” entre julho e setembro e uma “boa campanha agrícola”, mas alertando para tempestades (na origem de depressões) que podem atingir o arquipélago até outubro.
LFO/RIPE // MLL
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