Presidente só consegue 10% das intenções de voto e pode tomar medidas extremas para se manter no poder, alertam analistas. O povo escolhe entre dois cenários, disse Maduro: “guerra ou paz”.
Com as eleições presidenciais aí à porta, as sondagens decidiram: Maduro perde, com Edmundo González Urrutia, candidato da principal plataforma de oposição, na liderança com cerca de 60% das intenções de voto.
O atual presidente da Venezuela sente a tensão e deixou claro na semana passada: no dia 28 de julho, o país decidirá se quer “guerra ou paz”; ‘guarimba’ ou tranquilidade; Pátria ou colónia; democracia ou fascismo” — e alertou para uma eventual interferência dos EUA nas urnas para garantir a sua derrota perante um dos nove adversários que enfrenta na busca pela reeleição.
Uma vitória de Maduro seria, no mínimo, estranha. O presidente desde 2013 não passa dos 10% nas intenções de voto, segundo um estudo divulgado pelo site AS/COA.
Depois de a “Dama de Ferro” e luso-descendente María Corina Machado ter sido afastada e não ter conseguido inscrever-se como candidata após ter vencido as as primárias da oposição, Urrutia é uma espécie de segunda opção na corrida contra Maduro.
Apesar de tudo, é claramente favorito. Mas os analistas avisam: Maduro pode sempre ganhar com recurso a uma fraude eleitoral — ou de formas mais radicais.
A ONU vai enviar observadores para monitorizar as eleições, devido às preocupações com a possibilidade de fraude.
Maduro pode recorrer a estratégias fraudulentas para reverter a sua desvantagem recorrendo ao bloqueio de votantes expatriados — que se estima serem cerca de 5,5 milhões de eleitores, dos quais apenas 69 mil estão registados para votar —, algo que é visto em países como Argentina, Chile, Colômbia e Espanha, onde cidadãos enfrentam constantes dificuldades em se inscreverem.
Partir para um golpe de Estado ou cancelar as eleições, caso perca, é outro movimento possível de Maduro, preveem os analistas.
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