O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta quarta-feira (28) em sua segunda viagem internacional de 2024. Na Guiana, o brasileiro participa da 46ª Conferência de Chefes de Estado da Caricom (Comunidade do Caribe). Já na quinta, o petista vai a São Vicente e Granadinas, onde participa da conferência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Na pauta, além de debates sobre segurança alimentar e mudanças climáticas, Lula deve abordar o conflito da Guiana com a Venezuela pelo território de Essequibo. A disputa já foi abordada na semana passada, quando o presidente brasileiro recebeu o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Brasília.
Território rico em petróleo e riquezas naturais, Essequibo é disputado entre as duas nações a séculos. Em 2023, o governo venezuelano de Nicolás Maduro aprovou, em referendo com campanha massiva do Estado, a anexação de Essequibo. Logo em seguida, Maduro nomeou um governador militar para a região e ainda autorizou a concessão de licenças para a exploração de recursos na região do Essequibo. A atitude irritou a Guiana que busca apoio internacional para manter a região para si.
A atuação brasileira na mediação da crise recebeu elogios durante a visita de Blinken, que destacou o papel do Brasil na busca por uma solução negociada. Em dezembro passado, os presidentes Nicolás Maduro e Irfaan Ali, da Guiana, assinaram uma declaração conjunta comprometendo-se a não utilizar a força no conflito territorial.
Além do encontro com Ali, Lula também está programado para se reunir com o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, mediador do acordo entre Venezuela e Guiana. Esses encontros acontecerão na sexta-feira (1), véspera da participação do ex-presidente na abertura da 8ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, capital de São Vicente.
Composta por 15 países, a organização tem uma população de cerca de 19 milhões de pessoas, em área territorial do tamanho do estado de Mato Grosso do Sul. Segundo dados do governo brasileiro, a relação comercial do Brasil com a Caricom saltou de US$ 1 bilhão para US$ 2,6 bilhões nos dois últimos anos, demonstrando potencial de ampliação.
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