O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Georgetown, capital da Guiana, onde participa, como convidado especial, do encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom).
O bloco é composto por 20 países do Caribe, sendo 15 estados-membro e 5 associados. O presidente brasileiro tem como uma de suas prioridades na agenda externa a integração dos países da América Latina, além do diálogo com países próximos, como os caribenhos.
Nesta quinta (29), Lula também se reunirá com o chefe de governo do país vizinho, Irfaan Ali, quando deve abordar a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países.
Antes, na tarde desta quarta-feira, o presidente brasileiro tem agenda de trabalho marcada com Irfaan Ali e com o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para tratar de temas de interesse trilateral, como energia e integração da infraestrutura física e digital. Ele se encontrará também com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
A Guiana exerce, durante o primeiro semestre de 2024, a presidência da Caricom. Estabelecida em 1973, a organização, com sede em Georgetown, busca promover a integração econômica, o desenvolvimento social, a coordenação da política externa e a cooperação em segurança entre seus membros.
Na Caricom, as discussões devem envolver temas como desenvolvimento sustentável, segurança alimentar e nutricional. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a participação de Lula permitirá “dar novo impulso às relações do Brasil com os países caribenhos”.
Essequibo
A visita de Lula ao país também tem como pano de fundo a ofensiva da Venezuela para que a região de Essequibo, hoje território guianense, passe a ser de domínio venezuelano. A Venezuela afirma ser a proprietária legítima da região, um trecho de 160 quilômetros quadrados que corresponde a cerca de 70% de toda a Guiana e atravessa seis dos dez estados do país.
A área é rica em recursos naturais e biodiversidade. A realização de um referendo na Venezuela no ano passado, ratificando o desejo de anexar a região, reacendeu a disputa de décadas e também o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.
Lula deve se reunir com o chefe de governo da Venezuela, Nicolás Maduro, em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, na sexta-feira (1º) para onde viajará após as agendas na Guiana. O país será palco da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
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