O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o retorno das sanções ao setor de petróleo da Venezuela, anunciado na quarta-feira 17 pelo governo dos Estados Unidos. A declaração foi feita ainda na quarta-feira, em Bogotá, onde o petista se reuniu com o presidente colombiano, Gustavo Petro.
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Lula, em comunicado assinado conjuntamente com Petro, manifestou repúdio a “qualquer sanção que unicamente serve para aumentar o sofrimento do povo venezuelano”. Na nota, os dois presidentes “exortaram governo e oposição a considerarem a possibilidade de chegar a um acordo de garantias democráticas que possa ser referendado nas urnas”.
Segundo a CNN, a diplomacia brasileira observa a retomada das sanções como uma pressão contra a ditadura de Nicolás Maduro. E, por isso, o Brasil segue contra esse tipo de medida, conforme fontes do Itamaraty ouvidas pela CNN.
Ditadura de Maduro vetou candidatos da oposição nas eleições da Venezuela
Os Estados Unidos restabeleceram as sanções no setor de petróleo contra a Venezuela na quarta-feira, depois do descumprimento da promessa de garantir eleições livres por parte do regime de Maduro. A recusa do governo venezuelano em registrar a candidata de oposição Corina Yoris, mesmo sem uma decisão judicial, foi duramente criticada pelos países da região.
Segundo o Itamaraty, o Brasil tradicionalmente condena sanções econômicas e só as aceita com a aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um aliado de Maduro e se recusa a censurá-lo pelos atos autoritários de seu governo, com a perseguição a opositores, cassação de direitos políticos e prisões ilegais. A ONU já produziu ao menos um relatório sobre violação de direitos humanos na ditadura de Nicolás Maduro.
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As eleições livres na Venezuela e o fim das sanções eram os pilares do Acordo de Barbados, mediado pelo Brasil, entre Maduro e os Estados Unidos. Fontes do Itamaraty dizem que ainda é prematuro afirmar que o acordo tenha terminado, mas reconhecem que ele passa por um “momento delicado”.
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