O calendário deverá ser submetido em abril próximo à aprovação de uma conferência nacional, que reunirá “todas as forças vivas da Nação”, segundo o porta-voz da junta militar, em declarações hoje transmitidas pelo canal estatal de televisão “Gabon Première”.
“Agosto de 2025: eleições e fim da transição”, anunciou o porta-voz, explicando que o “calendário oficial de transição” foi “adotado pelo Conselho de Ministros”, mas continua a ser “indicativo”.
Na noite de 30 de agosto, depois de ter sido declarado vencedor das eleições presidenciais, Ali Bongo foi derrubado por uma grande maioria de oficiais generais do exército gabonês, reunidos em torno do general Brice Oligui Nguema, proclamado dois dias depois presidente para o período de transição.
Ali Bongo governou o país durante 14 anos, depois de ter sido eleito em 2009 na sequência da morte do seu pai, Omar Bongo Ondimba, chefe de Estado do pequeno país centro-africano rico em petróleo com fronteira marítima com São Tomé e Príncipe, que liderou durante mais de 41 anos.
Os militares golpistas justificaram o golpe alegando a existência de fraude nas eleições que deram a vitória a Ali Bongo e a corrupção instalada junto ao círculo familiar e próximo do chefe de Estado, prometendo “devolver o poder aos civis” através de eleições, no final de uma transição cuja duração ainda não tinham anunciado.
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