Jornalista português volta ao Brasil e não é barrado pela PF

Na noite do sábado 20, o jornalista português Sérgio Tavares desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para participar do ato convocado por Jair Bolsonaro na Praia de Copabacana. Desta vez, ele não foi detido pela Polícia Federal (PF).

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Em um vídeo publicado no Twitter/X, Tavares explicou que não teve seu passaporte retido e não enfrentou dificuldades para entrar no país. Ele classificou o episódio anterior, em que precisou dar esclarecimentos à PF, como “pura perseguição”.

“Foi pura perseguição por estarem a monitorar as minhas redes sociais e para me quererem intimidar, para me quererem silenciar”, disse, em vídeo. “Mas correu-lhes mal porque só me deram ainda mais voz. E a prova disso é que estou aqui no Rio de Janeiro”

Em 25 de fevereiro, quando desembarcou em São Paulo para participar do ato pela democracia na Avenida Paulista, o jornalista ficou detido por quatro horas no Aeroporto de Guarulhos.

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Tavares relatou que foi “tratado como um criminoso” pela PF, que alegou que o jornalista não tinha visto de trabalho temporário. No entanto, de acordo com uma norma do Ministério das Relações Exteriores, cidadãos europeus que fiquem até 90 dias no Brasil são isentos do documento.

Em entrevista exclusiva a Oeste, o advogado do jornalista português Eduardo Borgo classificou a prisão de Sérgio Tavares como ilegal. Ele explicou que existem acordos do Brasil com outros países, incluindo Portugal, que permitem a entrada desses profissionais no país sem a exigência de visto.

“Só teria sentido se ele estivesse sendo remunerado por uma empresa brasileira, que não era o caso de Sérgio Tavares”, explicou o advogado. “Ele é um jornalista, veio aqui para cobrir o evento de forma independente. Então, nesse caso, não há previsão de exigência de visto para a permanência dentro do Brasil até 90 dias.”

Jornalista português pediu que autoridades ficassem atentas

Antes de embarcar, o jornalista postou um vídeo no Instagram pedindo às autoridades de Portugal que ficassem atentas a possíveis problemas que ele pudesse enfrentar ao chegar no Brasil.

“Eu peço que as autoridades portuguesas fiquem de sobreaviso, pois já se percebeu que no Brasil não respeitam os direitos humanos, não respeitam a liberdade de expressão”, disse Tavares. “Já se percebeu também que a Polícia Federal não tem escrúpulos, ao ponto de mentir sobre mim, difamar-me, submeter-me a interrogatórios encomendados por Brasília”

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