Jornal dos Clássicos – Quando a tecnologia Quattro da Audi chegou ao DTM

O Audi V8 foi lançado em Outubro de 1988 como a primeira berlina de luxo da marca germânica, sendo o antecessor do Audi A8, desenhado por Erwin Leo Himmel. Fica na história da marca por ter sido o primeiro Audi com motor V8, assim como o primeiro modelo da marca a combinar o sistema Quattro com caixa de velocidades automática. A produção terminou em Novembro de 1993, sendo no ano seguinte substituído então pelo A8.

Inicialmente, o Audi V8 estava equipado com o motor PT de 3,6L de cilindrada, produzindo 250cv às 5.800rpm e 340Nm de binário às 4.000rpm, e acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades. A partir de Agosto de 1991 passava também a contar com o motor ABH de 4,2L de cilindrada, com 280cv e 400Nm de binário nas mesmas faixas de rotação, e com uma caixa manual de seis velocidades. Em ambos os casos os motores têm 32 válvulas e duas árvores de cames em cada cabeça, existindo a opção de vir equipados com caixa automática ZF 4HP24A de quatro velocidades. Independente da escolha do motor e da caixa de velocidades, o Audi V8 enviava sempre a potência para as quatro rodas.

Foi com este modelo e com a tecnologia Quattro que a Audi decidiu apostar no DTM, seguindo os regulamentos de Grupo A, vencendo o campeonato de 1990 e 1991, com Hans-Joachim Stuck e Frank Biela, respectivamente. Em 1992 os Audi V8 sofreram uma alteração no motor, nomeadamente no desenho da cambota, fazendo com que fosse completamente diferente da utilizada nos automóveis de estrada, com a organização do DTM a não permitir esta alteração, fazendo a marca de Ingolstadt abandonar a competição.

Estes automóveis utilizavam o motor de 3,6L de cilindrada, inicialmente com uma potência de 420cv, passando para os 462cv nas últimas evoluções, acoplados a uma caixa manual de seis velocidades. Em 1990 os Audi V8 competiram através da equipa Schmidt MotorSport, sendo que em 1991 passaram também a ser utilizados pela Audi Zentrum Reutlingen.

Presente neste artigo está o Audi V8 utilizado no DTM pela Schmidt Motorsport e conduzido por Hans-Joachim Stuck em 1991, para defender o seu título, que no final seria porém alcançado pelo seu colega de equipa. Foi também utilizado pelo novo colega de Stuck, Hubert Haupt, em 1991 e 1992. Este modelo utiliza já o motor com 462cv de potência, assim como o splitter na frente e o spoiler traseiro ajustável, de que os modelos de 1990 não dispunham.

Este automóvel permaneceu no museu da Audi até 2014, altura em que passou para a posse do seu antigo piloto Hupert Haupt, que o restaurou conforme competiu na temporada de 1991, através da Imgrund Motorsport. Nesta altura foi equipado com um motor de 4,2L, mas o motor original acompanha o automóvel, assim como material suplente.

Irá a leilão já amanhã, 10 de Maio, através de um evento levado a cabo pela RM Sotheby’s, no Mónaco. O seu valor estimado de venda situa-se entre os 750 mil e o milhão de euros.

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