Jornada da tecnologia em saúde rumo à América Latina

À medida que a América Latina se torna um mercado emergente cada vez mais promissor, muitas empresas estão em busca de expansão. O cenário não é diferente para companhias especializada em atender o setor da saúde, visto que a região demanda por serviços de saúde de qualidade e tem muitas as oportunidades de inovação. 

“Percebemos haver uma lacuna de demandas que não param de crescer no mercado latino-americano. O Brasil está à frente de quase todos os países da América Latina. Aliar isso a nossos projetos transacionais, nos impulsiona a ser um agente transformador”, afirma Miguel Gomes, CEO do Grupo Vivhas, ecossistema de tecnologia e inovação para o setor de saúde. 

A empresa concluiu o processo de expansão e inaugurou sua sede no México, que servirá como centro operacional para coordenar todas as demandas no país. “A Philips, nosso principal parceiro, nos provocou a olharmos para o México, um mercado que já atua há muito tempo e conta com grandes clientes no País”, conta. A expectativa é ir muito além de uma modernização tecnológica. 

“Quando se tem um processo de transformação, você acaba levando práticas de negócio mais apuradas, oportunidade de a tecnologia ajudar a ter processos mais seguros para o paciente. você passa a ter rastreabilidade, agilidade e ferramentas de apoio à decisão clínica. Começa a dar ferramentas, não só assistencial, mas também com um reflexo nos processos administrativos financeiros.  

Processos e números da ampliação 

O Grupo começou a expansão em um projeto com o Hospital Albert Einstein na Bolívia, o que motivou a buscar outros mercados. Gomes diz que a expansão para o mercado mexicano é o primeiro passo do plano de internacionalização, que prevê iniciar as operações na Bolívia e Argentina ainda neste ano.  

“O que procuramos fazer é utilizar a experiência que temos no Brasil com projetos de muito êxito, para transformar outros mercados. Se olharmos, parece um pouco com o que encontramos há 10 anos no Brasil. Mas tomando cuidado, pois nem sempre o que funciona no Brasil, funciona lá”, afirma o CEO. 

Ao todo, o grupo investiu mais de R$ 1,5 milhão para consolidar a expansão no país e solidificar sua presença LATAM, além de reafirmar seu compromisso com a excelência, inovação e satisfação do cliente em todas as geografias em que atua.  

Tendências e desafios 

A implantação de sistemas digitais em hospitais, seja com ou sem inteligência artificial, é frequentemente o primeiro desafio enfrentado em muitos mercados. Essa etapa é fundamental mesmo em locais onde a tecnologia ainda não está totalmente integrada, destacando a importância do básico. Gomes faz uma comparação com o Brasil, onde a infraestrutura digital é mais consolidada, porém a barreira cultural é o principal obstáculo, especialmente ao introduzir ferramentas avançadas de apoio à decisão clínica. A construção sobre essa base básica é crucial para o sucesso da implementação de tecnologias mais avançadas. 

A expansão das empresas de saúde para a América Latina enfrenta desafios culturais significativos. Além das barreiras técnicas, como a adaptação dos profissionais de saúde à tecnologia digital, há também a questão da diversidade linguística e cultural em cada país latino-americano. Gomes conta que a terminologia médica varia conforme a região, exigindo uma compreensão profunda das nuances culturais e das particularidades do sistema de saúde local.  

Além disso, a estrutura e o funcionamento dos sistemas de saúde variam muito, com diferentes níveis de envolvimento do governo e modelos de financiamento. O CEO fala que adaptar os modelos de negócios e serviços de saúde para atender às necessidades específicas de cada país requer uma compreensão abrangente do contexto local e uma abordagem flexível para a implementação de novos modelos. 

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