Operação do Comando de Defesa Interna ocorre no departamento de Canindeyú, perto na linha internacional
O Comando de Operações de Defesa Interna do Paraguai desencadeou ações na linha internacional com Mato Grosso do Sul para tentar localizar o narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, 41, o “Macho”, atualmente o bandido mais procurado em território paraguaio.
Com apoio de dois helicópteros, as buscas começaram no fim de semana e seguem nesta segunda-feira (1º) na região das colônias Britez Cue e Americana, a cerca de 30 km do município de Paranhos (MS).
Importante fornecedor de drogas a facções brasileiras, “Macho” chefia um dos cartéis do tráfico nos arredores de Salto Del Guairá e vem sendo apontado como responsável por dezenas de assassinatos na disputa pelo controle das rotas na região.
A quadrilha chefiada por Felipe Acosta é acusada pelo atentado a tiros de fuzil contra helicóptero da Força Aérea paraguaia, na semana passada. Dois militares ficaram feridos quando a aeronave sobrevoava áreas dominadas pelos traficantes.
O ministro de Defesa Nacional do Paraguai, general Óscar González, disse em entrevista à Rádio ABC Cardinal, que grande efetivo militar se instalou na região para localizar e prender “Macho”. O traficante tem proteção de um exército de pistoleiros que circula acompanhado de comboio de caminhonetes, a maioria roubada em território brasileiro.
González disse que o objetivo dos militares é prender Felipe Acosta e que o combate ao tráfico de cocaína e maconha desempenhado pela quadrilha está a cargo de outras agências de segurança. “Nosso objetivo é prender ‘Macho’, não podemos permitir que nossos efetivos entrem em contato e possam ser contaminados com esse ambiente”, afirmou o ministro.
Segundo a imprensa paraguaia, “Macho” utiliza o dinheiro oriundo do tráfico para comprar proteção de autoridades políticas e policiais do departamento de Canindeyú, cuja capital é Salto Del Guairá, cidade a 20 km de Mundo Novo (MS).
Até agora “intocável” em seus esconderijos em áreas de mata e reservas indígenas, Felipe Acosta segue no controle das rotas de cocaína trazida do Peru e de maconha, produzida na linha internacional.
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