O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) informou que na sequência da manifestação pacífica da Frente Popular três jornalistas foram detidos pela polícia de ordem pública, seguindo instruções do Ministério do Interior.
A nota o Sindicato precisou que entre os detidos constam os jornalistas Zinaida Pereira e Julinha Sambú, ambas da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), assim como o jornalista e activista Armando Lona, promotor da manifestação.
O SINJOTECS exigiu “a imediata libertação dos detidos, neste momento de luta pelos Direitos Humanos e Liberdade de Expressão na Guiné-Bissau”.
Na Guiné-Bissau, mais de 90 cidadãos foram detidos pela polícia em Bissau, Gabú e Buba, na sequência da manifestação pacífica organizada pela Frente Popular no sábado, 18 de Maio, exigindo o respeito pela ordem democrática e a Constituição da República.
Esta segunda-feira, 20 de Maio, Liga Guineense dos Direitos Humanos informou a libertação de 84 cidadãos entre 93 detidos.
Entretanto, os principais partidos políticos condenaram as repressões e detenções e exigiram a libertação incondicional dos cidadãos detidos.
O Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), antigo aliado do Presidente da República e que alguns membros integram o governo de iniciativa presidencial, qualificou, mediante um comunicado à imprensa, de “abuso” a reacção do governo “contra cidadãos indefesos” numa manifestação pacífica.
O Partido da Renovação Social (PRS), através do seu presidente Fernando Dias, defendeu que “este acto revela e demonstra o poder da força”, e considerou que “o mais grave é deter pessoas inocentes”.
Para o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) “as instituições devem zelar pela protecção dos direitos humanos dos cidadãos e pelo cumprimento das leis da República” e exigiu a responsabilidade moral e material por um acto que qualificou de “covarde e condenável”.
Mamandin Indjai
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