Guiné-Bissau: Procurador da República detido por narcotráfico “não é coisa do outro mundo”

O Presidente da República guineense, Umaro Sissoco Embaló, lamentou a detenção, em Portugal, de um dos Procuradores da República da Guiné-Bissau por alegado tráfico de droga.

“Lamento. Este não deveria ser o papel de um magistrado, enquanto alguém que acusa e pede condenação para quem o fez [tráfico de droga]. Como devem saber, o Presidente [da República] é o primeiro magistrado, não é Juiz”, disse Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense avançou ainda que a detenção do magistrado guineense “não é coisa de outro mundo” e sublinhou que “não é a primeira vez que um magistrado entra [no tráfico de droga]” e que em muitos países no mundo magistrados envolvem-se no tráfico de droga.

Para o Presidente guineense, Portugal não está a publicitar esta questão da “forma como os filhos da Guiné-Bissau estão a fazê-lo”. Segundo Umaro Sissoco Embaló em Portugal o suspeito é tratado como um Magistrado. “Nós [guineenses] é que damos mais ênfase a este caso”, vincou.

Sobre a prisão do filho do antigo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá Júnior, detido nos Estados Unidos, com a acusação de tráfico de droga, o Chefe de Estado da Guiné-Bissau, de regresso ao país, este sábado, 27 de Abril, após ter participado nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, em Portugal, esclareceu que sempre prometeu que jamais vai dar indulto a “certas pessoas, como traficante, assassino e corrupto”.

Umaro Sissoco Embaló lembrou que “tinha grandes relações” com o Presidente Malam Bacai Sanhá, mas, independentemente de ser o filho de um ex-presidente, é um cidadão da Guiné-Bissau. “Informaram-nos da detenção. Não deixamos de manifestar o nosso interesse em prestar os apoios que ele precisa, enquanto cidadão da Guiné-Bissau”, disso o chefe de Estado.


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