Governo não comenta acordo com a Rússia e diz que Portugal quer intensificar cooperação na Defesa com São Tomé e países lusófonos
Portugal quer intensificar a cooperação em defesa e segurança com São Tomé e Príncipe, a Guiné-Bissau e outros países lusófonos, segundo o Governo, que se escusa a comentar o recente acordo entre São Tomé e a Rússia.
Num comentário solicitado pela Lusa, a propósito da assinatura de um acordo técnico militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia, no final de abril, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recordou que “Portugal tem há décadas uma cooperação multifacetada, intensa e sustentada com São Tomé e Príncipe, como com a Guiné-Bissau e outros países lusófonos”.
“A defesa e segurança são pilares dessa cooperação bilateral que se mantém e intensificará, com particular destaque para a segurança marítima no Golfo da Guiné, em que tanto Portugal como a União Europeia têm avançando com apoios concretos, negociados com os países da região, para lidar com os desafios que estes atualmente enfrentam”, refere-se na nota do MNE português.
E acrescentou que, em regra, os países da CPLP não fazem “pronunciamentos públicos sobre atos de política externa de cada um dos seus Estados-membros”.
O acordo entre São Tomé e Príncipe e a Rússia foi, segundo a agência de notícias oficial russa Sputnik, assinado em São Petersburgo a 24 de abril e começou a ser aplicado a 5 de maio, prevendo formação, utilização de armas e equipamentos militar e visitas de aviões, navios de guerra e embarcações russas ao arquipélago.
Segundo a imprensa russa, as duas partes acordaram cooperar nos domínios da formação conjunta de tropas, recrutamento de forças armadas, utilização de armas e equipamento militar, logística, intercâmbio de experiências e informações no quadro da luta contra a ideologia do extremismo e do terrorismo internacional, educação e formação de pessoal.
Além disso, o acordo entre os dois países prevê a participação em exercícios militares e a presença neles como observadores, visitas da aviação militar, bem como visitas de navios de guerra e embarcações.
A divulgação da assinatura deste acordo coincide com a visita que o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, está a efetuar à Rússia, tendo previsto um encontro com o homólogo russo, Vladimir Putin.
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