Gabão e São Tomé querem melhorar capacidade operacional de defesa

Brigitte Onkanowa falava aos jornalistas durante uma passagem pela capital são-tomense, onde teve um encontro com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, que disse ter-lhe transmitido uma preocupação para o reforço da capacidade operacional militar dos dois países na sub-região.

“A mensagem recebida do primeiro-ministro é (…) sobretudo de mudarmos a forma de gerirmos as nossas forças de defesa e segurança, a maneira de partilharmos os nossos mecanismos de formação e da própria formação, quer no plano marítimo, quer terrestre”, disse a ministra da Defesa do Gabão.

“Partilhamos as mesmas fronteiras, as mesmas realidades e seria bom que juntos pudéssemos gerir as ameaças que são nossas no plano do conceito operacional de defesa”, continuou Brigitte Onkanowa.

Antes de se encontrar com o chefe do Governo são-tomense, a dirigente gabonesa fez a doação de equipamentos militares “para a melhoria das condições de trabalho das unidades das forças de defesa” são-tomenses.

Brigitte Onkanowa disse que se trata de um contributo no âmbito da política desenvolvida pelo Comité para a Transição e a Restauração das Instituições do Gabão, “que tem contribuído para o reforço da capacidade operacional das forças amigas de São Tomé e Príncipe”.

Segundo o ministro são-tomense da Defesa e Administração Interna, Jorge Amado, fazem parte do donativo cerca de mil pares de equipamentos, nomeadamente fardamentos e botas.

“Todo o mundo sabe que São Tomé e Príncipe tem estado com dificuldades enormes no que diz respeito a equipamentos militares”, sublinhou Jorge Amado, referindo que a ajuda soma-se a outra recente já feita por Angola e uma futura que será entregue por Portugal nos próximos dias.

“Havendo uma boa relação entre os vizinhos, significa dizer que a vizinhança está mais ou menos controlada, daí que vimos com bons olhos esta cooperação”, referiu Jorge Amado.

O ministro da Defesa e Administração interna sublinhou que o arquipélago tem feito parcerias e acordos com vários outros países da sub-região, nomeadamente com a Guiné Equatorial e Nigéria para reforçar a segurança no Golfo da Guiné para o combate a pesca ilegal, tráficos de armas e drogas na região.

“Não tendo uma segurança no Golfo da Guiné, todos sofremos”, precisou Jorge Amado.

Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Ruanda, São Tomé e Príncipe e República Democrática do Congo integram a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

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