Adalberto Costa Júnior diz que dois anos depois das eleições gerais de 2022, o Executivo não produziu nada para a economia nacional e que não tem planos concretos para desenvolver o país.
A contratação por ajuste direto e os créditos adicionais a diferentes instituições, autorizados pelo Presidente da República, estão a promover a corrupção, afirma o líder da UNITA. Critica os créditos adicionais ao Orçamento Geral do Estado para as instituições do Estado, como a Assembleia Nacional e o Comando Geral da Polícia, na ordem dos 40 milhões de dólares.
”Os créditos adicionais e a contratação simplificada abusiva são sintomas agudos de má governação, de falta de disciplina orçamental, de corrupção, fatores que constituem para a crise persistente estrutural”, aponta
Adalberto Costa Júnior Júnior acusa ainda o Executivo de não apresentar garantias de que as verbas adicionais aos orçamentos da Casa Militar e a Secretaria Geral da Presidência da República não vão ser desviadas para outros fins.
“Para se avaliar devidamente a sua magnitude, basta pensarmos que esta verba, é mais de metade da verba inscrita no OGE para a província de Cabinda. Os créditos adicionais têm, de facto, subvertido a função do OGE, pois são recursos e reforços financeiros, feitos à margem do orçamento, sem provas de que servem mesmo o interesse do Estado e o bem comum dos angolanos”, argumenta.
Outras exigências
A FPU voltou a defender a remodelação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e apelou a libertação dos “presos políticos e de consciência” em Angola. O coordenador diz que a organização política está aberta ao diálogo com o Presidente da República, João Loureço, para encontrarem as soluções para os problemas do país.
E as eleições autarquicas não ficaram de fora do seu discurso. Adalberto Costa Júnior exige a sua realização em 2025.
“Devemos lutar para a institucionalização efetiva das autarquias locais, impedido que o regime se furte uma vez mais, ao cumprimento desse compromisso de honra, com o pretexto da nova divisão político-administrativa”, apelou.
E sobre a polémica em volta da Fundação Jonas Savimbi, o líder da UNITA receia que a instituição possa ser instrumentalizada pelo poder político. A criação da fundação sempre foi objetivo de todas as direções do partido do galo negro, disse.
“Saímos da CIVICOP, um organismo instituído em nome a reconciliação. Assistimos há muito pouco tempo as instituições públicas a criminalizarem Jonas Malheiro Savimbi. Quem manda na CIVICOP é o senhor Presidente da República. Quem deu ordem da legalização da fundação? É o senhor Presidente da República. Precisam mais de alguma coisa para saber que estamos a fazer conta de 2027? Precisam de uma dúvida para saber que estamos com os riscos da instrumentalização do Estado? “, questiona Júnior.
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