O Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB) vai iniciar no dia 6 de janeiro a edição de 2024 do plano de formação de voluntariado missionário no âmbito do Salama, projeto de cooperação missionária entre as Dioceses de Braga e de Pemba – Moçambique.
No encontro de apresentação do programa, hoje, no Centro Pastoral e Cultural da Arquidiocese de Braga, a coordenadora disse que é com «boas expectativas» que o CMAB organiza esta nova edição de formação, a qual está aberta também a outros projetos de voluntariado missionário da Arquidiocese.
«Estamos animados e com renovada vontade de iniciar a formação. O nosso objetivo é formar voluntários missionários para o projeto de cooperação missionária Salama e para os projetos de voluntariado missionário da Arquidiocese de Braga», disse Sara Poças
Além dos inscritos que hoje compareceram ao encontro inicial, entre os quais um sacerdote, vão fazer a formação um grupo de jovens do projeto Missão Amar(es), ligado à Escola Secundária de Amares, e outros voluntários que não puderam estar presentes.
Paula Caldas, da paróquia de Alheira, Barcelos, é uma das voluntárias inscritas. Nunca fez nenhuma experiência de voluntariado missionário nem participou na formação de voluntariado do projeto Salama.
«Sempre tive o bichinho, mas nunca saí em missão. Agora vou fazer a formação, ver como funciona, com o intuito de partir», disse ao Diário do Minho esta jovem enfermeira, que já fez voluntariado na Cruz Vermelha e participou em várias causas sociais.
Na Missão Ocua poderá ajudar na área da Saúde, mas também está preparada para outros serviços, garantiu.
Também Graça Miranda, da paróquia de Polvoreira, Guimarães, quer dar o seu contributo à Missão Ocua, depois de três experiências missionárias em São Tomé e Príncipe, ao serviço dos Missionários Claretianos (CMF) de Vila Nova de Gaia.
A última missão desta professora do ensino superior naquele país africano teve que ser interrompida por causa da pandemia de covid-19.
«Estava lá há cinco meses e decidi voltar, foi uma decisão muito difícil para mim. Mas depois acompanhei alguns trabalhos à distância durante 11 meses e ainda continuei como voluntária missionária nos Missionários Claretianos, mas entretanto comecei a perceber que para mim não estava a funcionar e este ano parei, mas ficaram algumas marcas do voluntariado de longa duração, ficou esse bichinho», contou.
Ligada à Infância e Adolescência Missionária no grupo de Polvoreira, Graça Miranda, embora seja da área da Educação, gostaria de fazer uma experiência de voluntariado missionário numa área diferente se vier a ser selecionada para integrar a equipa da Missão Ocua, que é constituída atualmente por um sacerdote e três leigos da Arquidiocese de Braga.
O padre Adão Almeida, pároco de quatro comunidade paroquiais de Braga e de uma de Barcelos, disse que vai «avaliar se é possível avançar».
Recentemente, outros sacerdotes mostraram também vontade de participar na Missão Ocua durante uns tempos, depois da Páscoa.
Este plano de formação de voluntários vai decorrer com sessões semanais, ao sábado, até 28 de maio.
De 7 a 10 de junho realiza-se um retiro final destinado unicamente a candidatos (leigos ou consagrados) interessados em prestar serviço voluntário na paróquia de Santa Cecília de Ocua, considerada a 552.º paróquia da Arquidiocese de Braga.
Realizada a seleção dos candidatos, terá lugar a cerimónia de envio que está apontada para julho.
Esta formação destina-se a voluntários com mais de 23 anos e é aberta a todos os interessados, sejam da Diocese ou não. Contudo, os candidados devem obedecer a um perfil, como lembrou o padre Jorge Vilaça, do CMAB, assente em quatro requisitos: disponibilidade para trabalhar em Igreja, ser cristão empenhado no anúncio do Evangelho em qualquer lugar onde seja necessário, ser profissional competentes e disponível para servir o desenvolvimento das populações e disponibilidade para a formação.
Crédito: Link de origem
Comentários estão fechados.