Forças Armadas da Venezuela vão defender a soberania popular

“Aos políticos de teclado, (…) e outros intriguistas que se interrogam: O que vai a FANB fazer no dia 28 de julho? A esses respondemos que faremos o que sempre fizemos: defender a Constituição e a soberania popular. Não se enganem”, disse Vladimir Padrino López, na rede social X.

 

O ministro, através de um vídeo que acompanhou a publicação na rede social, acrescentou que os militares vão aguardar que a decisão dos venezuelanos seja anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano.

“Quem ganhar deve assumir o controlo do seu projeto de governo e quem perder deve sair e descansar. É tudo”, disse.

Padrino López criticou que “fatores extremistas da oposição” pretendam levar a FANB a “velhos esquemas que obedeceram ao imperialismo”.

No domingo, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que conta com o apoio da FANB e dos seus membros antes das eleições presidenciais, nas quais procura a reeleição.

“Tenho a experiência, estou preparado, tenho este povo lindo e corajoso, tenho o apoio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e dos militares, tenho o apoio da união cívica-militar-policial. Sou Nicolás Maduro Moros e vou ganhar as eleições presidenciais no próximo domingo, 28 de julho”, disse o Presidente no estado de Barinas (oeste).

De acordo com o artigo 328.º da Constituição venezuelana, as Forças Armadas “constituem uma instituição essencialmente profissional, sem militância política” e no “cumprimento das suas funções, está ao serviço exclusivo da nação e em nenhum caso de qualquer pessoa ou partido político”.

Em 05 de julho, o candidato do maior bloco de oposição da Venezuela — Mesa de Unidade Democrática (MUD) –, Edmundo González Urrutia, prometeu modernizar a FANB, bem como concretizar as aspirações profissionais dos militares venezuelanos.

“Soldados das Forças Armadas venezuelanas, por esta razão o povo venezuelano pede-lhes que respeitem os resultados da sua decisão eleitoral (…). O povo venezuelano conta com a sua instituição militar para respeitar e fazer cumprir a sua vontade soberana no dia 28 de julho “, disse González Urrutia.

Já a organização não-governamental (ONG) venezuelana Provea declarou na terça-feira que a via eleitoral deve ser o único caminho possível para a “paz, o diálogo e a reconciliação”, criticando a advertência de Nicolás Maduro sobre a possibilidade de haver um “banho de sangue” se perdesse as eleições presidenciais de 28 de julho.

“O percurso eleitoral e a procura de consensos para ultrapassar a crise que o país atravessa não pode ser um campo minado, deve ser um caminho possível para a paz, o diálogo e a reconciliação com foco na justiça e no respeito pelos direitos humanos”, afirmou a ONG.

Da mesma forma, disse que “exaltar cenários fora do quadro constitucional corrói o consenso” e afasta o país “de soluções baseadas no respeito pela lei e no bem-estar coletivo”.

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