Flamengo não vence jogando nos países vizinhos da América do Sul desde o título da Libertadores 2022 | flamengo

Tricampeão da Libertadores, o Flamengo já conquistou a América do Sul até de forma invicta em 2022. O problema é que de lá para cá as coisas não têm dado certo nos jogos fora das fronteiras brasileiras. Desde a vitória por 1 a 0 na final contra o Athletico-PR em Guayaquil, no Equador, o Rubro-Negro não sabe o que é ganhar nos demais países vizinhos do continente. E se considerar só contra times estrangeiros, é desde os 4 a 0 da semifinal sobre o Vélez Sarsfield na Argentina.

Somando Libertadores e Recopa Sul-Americana, o Flamengo vem de uma sequência de seis partidas sem vencer como visitante, e sob o comando de três técnicos diferentes: Vitor Pereira, Jorge Sampaoli e Tite, que aumentou a estatística ao estrear com o Rubro-Negro em torneios da Conmebol na última terça-feira. Relembre o jejum do clube abaixo:

Era o terceiro jogo decisivo do Flamengo no início de 2023, mas o time vinha de derrota para o Palmeiras na Supercopa do Brasil e para o Al-Hilal na semifinal do Mundial de Clubes. O Rubro-Negro tinha a chance de se redimir na Recopa Sul-Americana, mas também não conseguiu. Na altitude de 2.850m de Quito, no Equador, a equipe de Vitor Pereira até começou bem, e Gabigol perdeu uma chance clara cara a cara. Mas no segundo tempo os equatorianos sufocaram e venceram graças a um gol de cabeça de Carabajal na bola parada.

Na estreia na Libertadores do ano passado, que assim como esse ano foi entre os dois jogos da final do Carioca, Vitor Pereira escalou um time misto na volta para a altitude de 2.850m de Quito, no Equador. Desta vez para enfrentar o novato Aucas, que disputava pela primeira vez o torneio. O Flamengo saiu na frente com um golaço de Matheus França, mas fez um segundo tempo horroroso e levou a virada com gols de Eryc Castillo e Ordoñez. O técnico até tentou reagir colocando titulares em campo, mas sem sucesso.

Já sob o comando de Jorge Sampaoli, o Flamengo visitou o Racing na Argentina com a chance de assumir a liderança do grupo na Libertadores. E para facilitar os donos da casa tiveram Hauche expulso ainda no primeiro tempo, e o Rubro-Negro saiu na frente. Novidade na escalação, Pulgar deu a assistência para Gabigol marcar e se tornar o maior artilheiro brasileiro da história do torneio com 30 gols, superando os 29 do ex-atacante Luizão. Mas na etapa final Wesley também levou cartão vermelho, e o time argentino empatou em um golaço de falta de Oroz. E só não virou porque Saliadarre perdeu chance cara a cara com Santos. No fim, Thiago Maia ainda acertou o travessão.

O roteiro se repetiu. O Flamengo foi até Concepción, no Chile, para enfrentar o Ñublense, que vinha mal no Campeonato Chileno. Assim como Tite, Sampaoli alegou desgaste físico e mudou algumas peças. O Rubro-Negro novamente saiu na frente com Gabigol, mas os anfitriões, que já tinham acertado o travessão de Matheus Cunha, empataram no segundo tempo em linda jogada individual de Henríquez. Nos minutos finais, Pedro perdeu uma chance cara a cara, e o time ficou cinco pontos atrás do líder do grupo, o Racing.

Com a campanha ruim na fase de grupos, o Flamengo se classificou como segundo lugar, o que significava decidir fora de casa nas oitavas de final. Após vencer o Olimpia por 1 a 0 no Maracanã, o Rubro-Negro de Sampaoli e suas 30 escalações diferentes em 30 jogos foi decidir a vaga no Paraguai. E a partida não poderia ter começado melhor no Defensores del Chaco: Bruno Henrique abriu o placar com só sete minutos. Só que mal deu tempo de comemorar: os paraguaios empataram quatro minutos depois com Iván Torres, de cabeça. E no segundo tempo, também na bola aérea, Ortiz virou o placar. O resultado levava a decisão para os pênaltis, mas nem essa chance o Fla teria. Em outro escanteio, Bruera venceu Matheus Cunha e fez o gol da eliminação dos brasileiros.

E na última terça-feira, o Flamengo voltou a jogar fora das fronteiras brasileiras, agora sob o comando de Tite. Mas a equipe modificada passou longe das recentes boas atuações e sentiu o peso da altitude de 2.640 metros de Bogotá, na Colômbia. O Rubro-Negro até começou melhor e perdeu um gol feito com Viña, mas depois tomou um sufoco do Millonarios, principalmente na bola aérea. Castro chegou a cabecear uma na trave. No segundo tempo, Arrascaeta sofreu pênalti, Pedro converteu, e o time brasileiro teve a vitória nas mãos com a vantagem no placar e numérica (Vásquez foi expulso por cometer a penalidade). Porém, a equipe perdeu a intensidade e sofreu o empate em gol de Daniel Ruiz, mesmo com um jogador a mais em campo.

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