Felipe, ex-Corinthians e Seleção, diz ter recusado Brasil, Europa e Arábia para se aposentar | futebol internacional

O apito final do árbitro Graham Scott no duelo entre Nottingham Forest e Burnley, no último domingo, também decretou o fim da carreira de Felipe como atleta. O zagueiro, ex-Corinthians e seleção brasileira, decidiu se aposentar ao fim da temporada, quando também expira seu contrato com o Forest. Mas não por falta de oportunidades para seguir atuando.

Aos 34 anos, Felipe vinha recendo sondagens e propostas de clubes da Europa e do Brasil, além de equipes da recém-badalada liga da Arábia Saudita. Nada que enchesse seus olhos diante de outro foco: ter mais tempo com a família.

– Pela questão financeira teve bastante coisa boa. Só que eu acho que hoje, colocando na balança minha família e o tempo de qualidade… Nada fazia passar esse processo, que eu já tinha planos. Acho que foi uma coisa tranquila. Sabia das consequências também. Tenho um plano pós-futebol. Foi tudo bastante pensado, né? – comentou Felipe.

Felipe se prepara para vida fora do futebol após aposentadoria como atleta — Foto: Getty Images

Em entrevista ao Gringolândia, podcast de futebol internacional do ge, o brasileiro não quis detalhar as equipes que sondaram sua situação. A reportagem apurou que houve contatos, ainda no ano passado, por parte de Corinthians, seu ex-clube, além de Internacional e Atlético-MG. Fora do país, uma das ofertas veio do Porto, primeira equipe de Felipe na Europa.

Agora com as chuteiras penduradas, o ex-defensor vislumbra uma vida longe do futebol, ao menos inicialmente. Ele diz ter preparado o terreno para isso, mas não descarta no futuro algum tipo de oportunidade novamente no esporte. A prioridade agora, entretanto, é viajar e “criar memórias” ao lado da esposa, Bianca, além de seus pais e sogros.

Por falar em memórias, o zagueiro repassou a carreira no papo com o ge, dizendo que o craque que mais o impressionou como companheiro foi o francês Griezmann, no Atlético de Madrid. Entre os treinadores, destacou Tite, seu comandante nos tempos de Corinthians e seleção brasileira. Defender o Brasil foi indicado como o momento mais feliz de sua carreira, apesar de não ter conseguido participar da Copa do Mundo de 2022.

– A minha primeira convocação foi um momento assim bastante marcante. Estava dormindo, recebi a notícia através do diretor, que era o Edu Gaspar. Acho foi algo bastante incrível, que eu não tenho como esquecer. Acho que o meu primeiro jogo na Champions League também é algo assim, de se arrepiar, algo de sonho, para quem quer ser jogador de futebol.

  • Porto – 142 jogos
  • Corinthians – 116 jogos
  • Atlético de Madrid – 113 jogos
  • Nottingham Forest – 25 jogos
  • Bragantino – 34 jogos
  • União Mogi – 17 jogos
  • Seleção brasileira – 2 jogos

Felipe foi perguntado sobre o clube que marcou sua carreira, que poderia ser apontado como referência quando alguém lembrar do zagueiro. E ele apontou que ser o Felipe, ex-Corinthians, é uma honra.

– Claro! Acho que é meu país, tem toda uma história bonita. Graças a Deus eu consegui superar algo que é muito difícil: começar a jogar bola aos 20 anos de idade, e aos 21 você já chegar no Corinthians. E aí conseguir títulos e ser reconhecido pela torcida. Acho que é algo muito gratificante e vou levar para minha vida. Então, acho que essa referência é gigantesca para mim – destacou.

Felipe com o troféu do Brasileirão de 2015, conquistado pelo Corinthians — Foto: Getty Images

Confira a íntegra da entrevista de Felipe ao Gringolândia:

Felipe: – Essa foi uma foi uma coisa bastante pensada, né? Que eu fiz. Já vinha me programando há um tempo. Então, não foi assim. Para mim, para minha esposa, minha família, todo mundo já estava avisado. Mas claramente acho que na parte profissiona, o público se surpreendeu, mas a gente sabe que uma hora chega, né? Não a idade, mas o processo de de seguir um outro plano. Só que o meu foi bastante planejado, pensado, acho que juntamente com a minha família. Para aproveitar, ter tempo de qualidade, na verdade, né. Então, acho que é isso, que o pensamento é esse. Agora é dar sequência.

Na época você disse que ainda explicaria os motivos que te levaram a aposentar. Quais foram os motivos que pesaram mais? Foi mais uma questão familiar?

– Na parte profissional eu sei que ainda tenho bastante tempo pra jogar em alto nível. Mas a ideia mesmo foi pensando na minha família. Acho que um conjunto de fatores, tipo a idade dos meus pais, graças a Deus todos vivos. Meu sogro e minha sogra também, que são pessoas maravilhosas e ajudaram bastante no processo do início da minha carreira. Então, são pessoas, por exemplo, que não gostam muito de viajar de avião. Fica um pouco mais complicado. A gente fica fora e quer aquelas pessoas mais perto, para ter uma vivência. A gente sabe que tem que abrir mão de muita coisa quando vem para fora. Então, a gente não teve tanto tempo assim de qualidade, de viajar, fazer planos e tal. Então, acho que esse é o momento, aproveitar enquanto todos estão aqui com saúde. Graças a Deus, sou muito novo e posso proporcionar muita coisa para eles ainda. Então, acho que, juntamente com a minha esposa, o processo foi pensado.

Quando é que passou pela primeira vez na sua cabeça a aposentadoria?

– Alguém vai me chamar de louco, mas acho que quando eu estava já no processo final do meu contrato no Atlético de Madrid, eu já vinha pensando dessa maneira. O que aconteceu, algumas coisas… Acho que a pandemia foi uma delas, que assustou bastante. Mas ainda, logicamente, não era a ideia parar. Só que fez pensar, refletir bastante ali. Então, ao fim da temporada eu já tinha um planejamento de conversar com as pessoas que eu tenho bastante confiança, minha família. E depois eu tomei a decisão. Tinha um plano, não poderia ser tão pronto assim. A gente sabe que jogador de futebol precisa ter planejamento, senão tudo fica muito confuso, porque a nossa rotina é muito louca. A gente vai treinar, volta, almoça, depois entrevista… É bastante corrido. Aí eu falei: com calma, vou pensar, vou ter meus planejamentos.

Foi quando surgiu a proposta para vir para Inglaterra. Acho que teve uma uma positividade, de aproveitar a liga, que é uma das melhores, e o clube também, que tem um planejamento legal. Foi quando surgiu a chance de assinar um contrato de um ano e meio. Foi o tempo que tive para pensar tudo isso.

Você falou que entre as razões que fizeram você antecipar esse anúncio estavam oportunidades que foram aparecendo pra você. Poderia detalhar que oportunidades apareceram? Alguma para voltar ao Brasil?

– Sim, graças a Deus tive bastante aceitação dos clubes, quando meu contrato já estava acabando ali no Atlético de Madrid. Muitos clubes, no Brasil mesmo, na Espanha, Portugal, Arábia… Tive bastante proposta, mas como já estava uma loucura, estava num processo de anunciar a minha aposentadoria, pensei em fazer essa postagem [em março, anunciando a aposentadoria] em respeito a todos que estavam me procurando. Acho que mais por essa questão de não contarem comigo. Porque a gente sabe que quando tem a procura de um clube eles precisam de uma confirmação. E tem aquela insistência, passam dois dias e o empresário está te ligando. E aquela coisa, como eu falei, acho que em respeito a todos assim que me procuram. Eu procurei fazer esse anúncio bastante antecipado e agradeço a todos que me procuraram, porque é importante para nós. Assim a gente vê a carreira, da onde a gente saiu assim, vê essa grandeza. Acho importante.

E nenhuma delas te balançou, no sentido de você repensar a aposentadoria?

– Olha, assim, pela questão financeira teve bastante coisa boa. Só que eu acho que hoje, colocando na balança minha família e o tempo de qualidade… Nada fazia passar esse processo, que eu já tinha planos. Acho que foi uma coisa tranquila. Sabia das consequências também. Tenho um plano pós-futebol. Foi tudo bastante pensado, né?

Pode revelar algum desses clubes que te procuraram?

– Ah, olha, eu sinceramente prefiro não falar. No Brasil teve uns quatro, cinco times que procuraram. Em Portugal, o Porto, que teve uma proposta muito boa, portas abertas. E na Arábia, que era mais a parte financeira. Teve na Espanha também, aqui na Inglaterra… Mas prefiro não falar.

Tempos de Porto: Felipe teve proposta para voltar ao clube português — Foto: Getty Images

Da Arábia Saudita também teve proposta? E nem essa te encheu os olhos?

– Não, não. É como eu falei, acho que não teve, colocando na balança o tempo de qualidade com a minha família, somar memórias e tudo assim. Acho que não teve nenhuma, nada assim que me enchesse os olhos, nem na questão financeira.

Nem voltar ao Brasil melhoraria nesse sentido para você, por estar mais perto de mais familiares?

– No Brasil, claramente é mais fácil, poderia pegar dias de folga… Mas a gente sabe que não é tão simples assim, né? A rotina de um jogador de futebol, a dedicação, de dormir cedo, alimentação. Então, a gente não tem tanto tempo assim pra questão familiar, de viajar, passar sete dias. Não é um calendário tão simples. Então, acho que esse foi o momento, a oportunidade que eu vi.

– Eu não tenho, vou pensar agora.

Ah, isso também pesou na sua decisão? Conversou com sua esposa sobre isso?

– A gente já está há bastante tempo juntos, desde moleque. Eu tinha 17 anos, e ela, 14. Teve um processo de querer e tal, mas por algumas complicações, teve um processo de tratamento… Então a gente teve um tempo para pensar nisso. Eu acho que foi importante também, porque a gente sabe que a partir do momento que você tem um filho, você quer estar mais tempo com ele. Acho que agora tudo é um pouquinho mais fácil. Se Deus permitir e eu tiver meu filho, acho que agora vai ser bastante prazeroso para mim, para minha esposa, para os meus pais, meus sogros.

Você já está na Europa há oito anos. E agora onde quer morar? Você quer voltar a morar no Brasil ou pretende manter residência na Europa?

– A ideia, a princípio, é voltar pro Brasil, para minha cidade, que é Mogi das Cruzes. Mas a gente sabe que muita coisa pode acontecer, que é complicado. O tempo que eu vivi aqui na Europa, vi que tem muitos países bons para se viver em questão de segurança, custo de vida, o poder de compra, tudo mais simples. Mas, a princípio, penso em voltar para o Brasil.

Você falou que tem um plano para depois que você parar de atuar como atleta. Esse plano está relacionado a alguma coisa ao futebol?

– Não, não é. Não é sobre o futebol. Mas a gente também não descarta nada, né? Porque a gente não sabe. Eu aproveito cada oportunidade, mas a princípio, não. Tem bastante coisa de investimento, uma estrutura em questão de empresa, no Brasil, nos Estados Unidos. A princípio, não é nada pensado com o futebol.

Felipe, queria aproveitar pra gente dar uma repassada na sua carreira. Momentos que foram importantes. A primeira coisa que eu te pergunto é qual foi a grande temporada da sua carreira, que você acha que teve o seu melhor desempenho?

– Sinceramente, no Corinthians em 2015 acho que foi algo bastante marcante na minha carreira. Foi quando que eu vi que tudo era possível assim. Acho que me dediquei bastante, e graças a Deus deu tudo certo. E acho que o início do no Atlético de Madrid também acho que foi algo bastante marcante para mim.

E qual foi o momento mais feliz? A conquista de algum título, jogos com a seleção brasileira… Dá para escolher o momento mais feliz?

– A minha primeira convocação foi um momento assim bastante marcante. Estava dormindo, recebi a notícia através do diretor, que era o Edu Gaspar. Acho foi algo bastante incrível, que eu não tenho como esquecer. Acho que o meu primeiro jogo na Champions League também é algo assim, de se arrepiar, algo de sonho, para quem quer ser jogador de futebol.

E das conquistas, tem alguma que foi mais marcante na sua carreira?

– Não, cada uma tem um peso, todas importantes. Mas especial assim não dá para escolher, acho que cada uma tem um peso importante na carreira assim, porque são momentos especiais, difíceis de serem conquistados. Acho que engloba tudo, vira um só.

E qual que você achou mais difícil, então?

– Sinceramente, não vou dizer mais difícil, mas foi algo assim, que estava faltando poucas rodadas e estava complicado, que foi no Atlético de Madrid. A gente sabe que tem muitos clubes com bastante potencial para ser campeão, e aquele ano acho que foi muito especial, algo que marcou.

E dos treinadores com quem você trabalhou? Tite, Simeone… Qual foi o mais marcante na sua carreira?

– O Tite, sem dúvida. Um cara que acreditou bastante no momento em que eu cheguei, juntamente com o Fábio Carille, que na época trabalhava para o clube quando eu saí do Bragantino. Tinha todo um processo ali de trabalho, porque não tive uma base, comecei muito tarde no futebol, e eles tiveram essa paciência comigo, sempre conversando comigo, pontuando meus pontos fortes, pontos fracos. Então, foi um cara que guardo no meu coração. Ele, juntamente com Fábio Carille ali, o Edu que sempre conversava comigo, foi um processo legal. Depois deu tudo certo, então devo bastante a essas pessoas.

Com o Tite você também voltou a ter oportunidade depois, na seleção brasileira, e vislumbrou uma chance de jogar uma Copa do Mundo. Você participou das eliminatórias… É talvez uma decepção que você tem?

– As passagens na Seleção não foram muitas, mas eu fico bastante decepcionado, porque eu não tive tanta oportunidade. A gente sabe que tem que atuar muito bem no clube para ser convocado, ser visto. Eu vinha fazendo boas atuações nos clubes e quando chegava na Seleção eu não cheguei a ter uma oportunidade, uma sequência. A gente sabe que é um nível bastante competitivo e eu sou bastante inteligente para perceber isso. Mas as poucas vezes que eu fui, não tive uma oportunidade assim para demonstrar.

E você acha que não ter tido essa chance de jogar a Copa pode ser algo que você olha para a sua carreira e vê como um momento negativo? Teve algum outro momento que você teve que ter força para superar?

– Ah, na Seleção, toda vez que eu era convocado, ia passando cada vez mais. E a gente pensa “Poxa, complicado. Vai ser só mais uma, né?”. É um sonho estar lá, porque todo brasileiro sonha estar defendendo as cores do Brasil. Só que eu não cheguei a ter essa oportunidade. Então, para mim era bastante frustrante quando eu recebia a convocação. Ficava nessa “Poxa, vou só viajar”, sabe? A gente passa por esse processo. Acho que não só eu, mas acho que há muitos jogadores nesse processo também. E no Corinthians também foi bastante complicado ali no início, porque quando eu saio do Bragantino era um estilo de jogo, e quando eu vou para o Corinthians tem a estrutura gigantesca. É tudo muito novo para mim: questão tática, estrutura em geral. O primeiro e o segundo ano foram de bastante de aprendizado. Não vou dizer que foi fácil, foi bastante complicado, mas deu tudo certo.

Felipe só teve dois jogos oficiais com a camisa da seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Sobre mudar de vida, quando você foi pra Europa, se adaptou tranquilamente?

– Quando eu saio do Corinthians, eu tinha uma ideia. Eu recebi proposta de algum outros outros países, mas eu optei por Portugal porque também era uma porta de entrada muito boa, né? Isso me ajudou bastante, um clube com uma estrutura gigantesca e uma história legal. E pela língua também, então isso facilitou bastante. Não foi algo complicado. Na verdade, foi bastante fácil para adaptar.

Dos países que você morou na Europa, qual gostou mais?

– Aqui na Inglaterra a gente sabe que não é dos melhores climas, né? É bem complicado, um local que tem, sei lá, dois meses de sol, o resto é tudo chuva e tempo fechado. Mas em questão de futebol é um dos melhores, é a liga que mais encanta. Portugal tem seus costumes brasileiros, é muito parecido. Não foi nada difícil, um lugar muito bom para se viver. Eu morei em Porto, muito legal ali. E a experiência em Madri, por ser uma cidade grande, você tem mais liberdade de ir a um restaurante e tal. As pessoas são bastante respeitosas. Cada um tem seu estilo de vida, mas acho que em geral, do país, assim, a Inglaterra é mais complicada.

Falando sobre jogadores, companheiros… Qual o jogador que marcou sua carreira, que você foi muito amigo, vai levar para a vida?

– No Porto foi onde eu mais fiz amigos, que eu tenho um carinho gigantesco. Converso sempre com eles: Alex Telles, o Vaná, o Otávio, Hernani, Maxi Pereira. Tenho muitos amigos lá no Porto. E no Atlético de Madrid eu tenho o Renildo, um cara que converso bastante, e o Lodi, o Cunha, e o português Félix. Aqui no Nottingham eu converso bastante com os meninos, Danilo e Murillo, que eu tenho mais resenha.

E quem foi o cara que você mais admirou jogando junto?

– Acho que foi o Griezmann. Craque!

Você jogou com o Griezmann e também o Suárez naquele Atlético, né?

– Suárez também… Foi um ano espetacular. Ele foi um cara que foi ali o principal daquele título, na verdade.

Felipe ao lado de Griezmann: francês foi apontado como maior craque com quem zagueiro atuou — Foto: Getty Images

Felipe, olhando a sua carreira, daria para escolher o clube da sua vida? De te identificarem: “Ah, o Felipe, aquele que jogou lá”… É o Corinthians?

– Olha… Claro! Acho que é meu país, tem toda uma história bonita. Graças a Deus eu consegui superar algo que é muito difícil: começar a jogar bola aos 20 anos de idade, e aos 21 você já chegar no Corinthians. E aí conseguir títulos e ser reconhecido pela torcida. Acho que é algo muito gratificante e vou levar para minha vida. Então, acho que essa referência é gigantesca para mim.

E como você enxerga o Felipe de hoje comparado ao Felipe do começo da carreira? O que que você acha que mais transformou teu jeito de ser?

– Primeiro, a idade. Quando eu iniciei era bastante menino. Você vai mais absorvendo muita coisa e aplica mais. Por ser menino, ainda tem aquele processo de ganhar experiência. Eu só tinha aquela fé, aquela vontade mesmo de vencer. Hoje o futebol me deu a experiência de vida também, foi somando no meu dia a dia. Hoje sou um cara que tenho atenção em muita coisa ao redor. Na vida pessoal, a gente vai ficando mais calejado. Foi algo bastante notável assim na minha vida pessoal.

Aprendeu línguas novas, por exemplo?

– Ah, sim, não tem como, né? Acho que quando a gente vem para um país, você começa a escutar bastante. No caso do espanhol foi bastante rápido, porque é uma língua muito parecida, com a pronúncia diferente. E o inglês aqui a gente arrancou um pouco já.

E conseguiu absorver um pouco das culturas de cada país?

– Sim. É legal, acho que vale a pena conhecer porque a gente não vai ficar para sempre, né? Acho que tem que aproveitar um pouquinho a cultura diferente.

Quais os planos agora, iniciando a vida de aposentado?

– Eu vou ficar mais uma semaninha aqui só pra resolver algumas coisinhas, porque agora começa a preparação pra voltar ao Brasil. A gente tem que deixar tudo certo, questão fiscal, para não ter rolo. Depois vou para os Estados Unidos resolver algumas pendências por lá. Aí aproveito um pouquinho, férias também. Volto para cá, preciso resolver em Portugal, depois Espanha. E lá para agosto, mais ou menos, eu vou em definitivo para o Brasil.

Quer deixar uma mensagem para a galera que acompanhou seu trabalho por onde passou e a torcida do Corinthians, que te acompanhou no Brasil?

– O que eu tenho a dizer é só um agradecimento mesmo. A todos que passaram pela minha trajetória. Aos que elogiam e aos críticos também, que fizeram me formar bastante. Acho que foi uma trajetória bonita. Procurei trabalhar ao meu máximo, me dedicar ao ponto de chegar ao pico. E o torcedor corintiano acho que foi a diferença, um empurrão, uma alavanca gigantesca que eu tive para passar o meu processo na Europa. Só agradecimento a eles e a meus fãs também em Portugal, Espanha e Inglaterra. Tenho uma consideração gigante e vou estar acompanhando onde eu estiver.

Expresso da bola visita Felipe Augusto, ex-zagueiro do Corinthians

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