EUA tentam impedir base chinesa na costa africana • Diário Causa Operária

De acordo com informações apresentadas por The Wall Street Journal, dispostas no artigo As tensões entre EUA e China têm um novo front: uma base naval na África, os Estados Unidos têm tentado impedir que o Gabão e a Guiné Equatorial instalem uma base naval chinesa em seus territórios.

Ambos os países são banhados pelo Oceano Atlântico, de modo que são considerados postos estratégicos pelos Estados Unidos.

“Toda vez que os chineses começam a se intrometer em um país costeiro africano, nós ficamos receosos”, teria dito um oficial norte-americano ao jornal imperialista.

O caso que mais chama a atenção é do Gabão, país que é hoje governado por uma junta militar. Em agosto, o presidente chinês Xi Jinping e o então ditador gabonês Ali Bongo Ondimba teriam firmado um acordo para implementar a base. No entanto, os Estados Unidos, que possuíam grande influência sobre Ali Bongo, o teriam feito voltar atrás.

Outrora chamado “o homem de Barack Obama na África”, Ali Bongo era o segundo mais longevo presidente de um país africano. Juntos, ele e seu pai governaram o país por 54 anos, durante o período que ficou conhecido como Dinastia Bongo. Desde a independência do país, o Gabão sempre foi muito vinculado à França, para onde vai a maioria de suas riquezas, como o petróleo e o manganês. Contudo, apesar de possuir várias propriedades na França e até ser acusado de interferir, de maneira secundária, em algumas eleições no país europeu, Ali Bongo permitiu, em seu governo, que os Estados Unidos aumentasse a influência sobre o país.

Ali Bongo foi derrubado no final de agosto de 2023, pouco depois de os Estados Unidos supostamente interferirem nas relações de Xi Jinping e Ali Bongo. O fato de que a junta militar, que possui grande apoio popular, ter supostamente continuado os planos da base chinesa só reforça o caráter nacionalista do golpe militar no Gabão.

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