EUA enviam forças de segurança ao Haiti em ação já feita antes pelo Brasil

Em um comunicado, os militares detalharam que “o Comando Sul dos EUA coordenou vários voos de aeronaves militares transportando pessoal civil contratado, equipamentos e suprimentos para o Aeroporto Internacional Toussaint Louverture” em Porto Príncipe.

“Esse pessoal trabalhará junto com os funcionários do aeroporto haitiano para proteger os equipamentos e suprimentos que chegarem ao Haiti”, acrescentou.“Essa missão é possível graças à coordenação e ao apoio contínuos das partes interessadas haitianas, que estão trabalhando para manter o aeroporto aberto e as operações em andamento”, disseram os militares americanos.

“Preparação do terreno”
As equipes iniciais devem preparar o terreno para a chegada de uma força de segurança multinacional liderada pelo Quênia, que havia suspendido seu envio até a inauguração de um conselho de transição, que ocorreu na semana passada.

Uma fonte do governo haitiano disse à agência de notícias AFP que um primeiro contingente de 200 policiais quenianos deveria chegar ao Haiti em 23 de maio. Porém, questionado sobre o envio dessa força, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, explicou que nenhuma data oficial havia sido divulgada por motivos de “segurança operacional”, “mas é algo que estamos trabalhando para alcançar o mais rápido possível”, disse.

Os EUA pretendem contribuir financeiramente e com equipamentos para essa força, mas sem participar com tropas ou policiais.

Brasil nas tratativas de estabilização do Haiti
Em outubro passado, o Conselho de Segurança da ONU apoiou o envio de uma força multinacional anterior, liderada pelo Quênia, para ajudar a polícia a pedido de Porto Príncipe. Tendo sido esta a primeira sessão liderada pelo Brasil, que estava na presidência rotativa do órgão na ocasião.

Desde 2004, a ONG brasileira Viva Rio integra a Minustah (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) no país, visando mediar os conflitos envolvendo grupos armados.

Situação crítica no Haiti
O Haiti sofre com a insegurança crônica e a instabilidade política há décadas. No entanto, desde o final de fevereiro, as gangues, cuja violência já estava devastando áreas inteiras do país, lançaram ataques coordenados contra locais estratégicos na capital, dizendo que queriam derrubar Ariel Henry, então primeiro-ministro.

Ele renunciou oficialmente ao cargo e um conselho de transição está agora governando o Haiti, com a tarefa de tentar restabelecer a lei e a ordem.

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