Estudo diz que 90% dos retalhistas não têm ferramentas para desenvolver estratégia tecnológica

9 em 10 retalhistas diz que a sua empresa não tem, pelo menos, algumas das competências essenciais para desenvolver uma estratégia tecnológica, de acordo com o estudo da Bain & Company, intitulado “Technology in Retail: Escaping the Complexity Trap”, que inquiriu os CEOs das 45 maiores retalhistas do mundo.

Além disso, segundo a investigação, um quarto afirmou que o retorno do investimento tecnológico não correspondeu às suas expetativas, enquanto 80% considerou que a imprevisibilidade da resposta do mercado às iniciativas tecnológicas era um obstáculo para alcançar os objetivos tecnológicos.

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“90% dos retalhistas não possuem as ferramentas necessárias para desenvolver a respetiva estratégia tecnológica. Para os que são bem-sucedidos, mas ainda não excelentes em tecnologia, tudo isto equivale a um momento decisivo”, referiu Clara Albuquerque, partner da Bain & Company.

E continua: “Ora, é importante que consigam aproveitar uma oportunidade que é cada vez mais escassa para atualizarem e prepararem os seus sistemas tecnológicos para o futuro, para que possam aproveitar todas as oportunidades oferecidas pelo retalho omnicanal, pela personalização da experiência do cliente e pela automação através da inteligência artificial generativa”.

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De acordo com a análise, “a modernização tecnológica só deverá tornar-se mais assustadora a curto e médio prazo”, desta forma, “a erosão das margens já está a limitar os fundos disponíveis para investir em projetos de transformação”.

Para a Bain & Company, isto pode exacerbar a tendência de distribuir demasiado o orçamento de investimento em tecnologia entre iniciativas concorrentes.

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Além disto, o estudo detetou ainda que outras complicações também se têm vindo a manifestar, “como a introdução acelerada da IA generativa e a necessidade de aproveitar a tecnologia de ponta para satisfazer as crescentes exigências de sustentabilidade em áreas como a rastreabilidade”.

A investigação também alerta para a “urgência do agora”, ou seja, “a tendência para atribuir fundos a novas iniciativas urgentes e adiar reconstruções mais profundas”.

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De acordo com o estudo da Bain & Company, “a modernização tecnológica é um dos itens mais difíceis nas to-do lists dos executivos do retalho e bens de consumo”, isto porque os sistemas legados do retalhista médio são “manifestamente complexos e caros de manter”, mas também porque as equipas tecnológicas tendem a trabalhar de forma fragmentada, com diferentes linhas hierárquicas, “e essa é uma grande restrição quando surgem novos casos de uso e aplicação, que exigem coordenação entre todos os sistemas”.

Como é que os líderes tecnológicos se destacam no retalho?
Para a investigação da Bain & Company, o que diferencia os líderes tecnológicos do retalho “é a sua compreensão da importância estratégica da tecnologia, que permeia os seus negócios”.

Neste sentido e, de acordo com os inquéritos realizados, a análise concluiu que os dirigentes das empresas com melhor desempenho apresentam uma experiência tecnológica muito mais sólida face aos seus concorrentes com menos conhecimento.

Assim, em média, “16% dos membros do board e dos executivos dos retalhistas com alto desempenho analisados tinham experiência em tecnologia, contra 7% dos retalhistas com baixo desempenho”.

Segundo o estudo, “a liderança tecnológica no retalho anda de mãos dadas com a clareza estratégica”, indicando que os líderes tendem a avançar com três ações:

Adotam uma arquitetura modular e flexível, permitindo-lhes inovar em domínios que são críticos para a diferenciação competitiva, enquanto padronizam soluções e serviços em canais e unidades de negócios para capturar os benefícios de escala.

Compreendem e comprometem-se com o investimento necessário, apoiados pela sua abordagem transparente face aos gastos e por um conhecimento claro da sua dívida tecnológica e da capacidade para gastar mais.

Desenvolvem a capacidade de obter valor rapidamente, adotando metodologias ágeis antecipadamente, concentrando-se em produtos em vez de projetos, introduzindo equipas de engenharia interna em escala e gerindo ativamente os riscos de falhas decorrentes de mudanças complexas.

 

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