A Fifa sorteou nesta quinta-feira os grupos das Eliminatórias Africanas para a Copa do Mundo de 2026. A África é um dos continentes mais beneficiados pelo aumento de vagas no Mundial: em vez de cinco, passará a contar com nove representantes diretos e mais um com chances na repescagem intercontinental. Assim, o nível de dificuldade no qualificatório da CAF parece se atenuar. Se até 2022 certamente as Eliminatórias Africanas eram as mais difíceis do planeta, há uma abertura maior para que as seleções favoritas se classifiquem sem tantos riscos e sem confrontos diretos.
Das nove seleções que representaram a África nas últimas três Copas do Mundo, apenas Gana não apareceu como cabeça de chave no Pote 1 do sorteio. E, de certa maneira, os Estrelas Negras escaparam de um confronto mais duro: os ganeses estarão no mesmo grupo de Mali, justamente a única seleção do Pote 1 que nunca disputou o Mundial. Outra seleção habituada a jogar Copas nos últimos 25 anos, mas ausente desde 2010, a África do Sul pode causar problemas para a Nigéria.
Eliminatórias africanas irão mudar de formato
O novo formato, além do mais, parece abrir possibilidades para que, caso os cabeças de chave não cumpram o favoritismo, novidades despontem – entre classificações inéditas e retornos depois de décadas. Equipes como Burkina Faso, Cabo Verde, Guiné, Gabão, Guiné Equatorial e Zâmbia podem criar esperanças no Pote 2, onde República Democrática do Congo tentará uma volta aos Mundiais depois de 52 anos. Isso sem deixar de mencionar os times dos demais potes que vêm em ascensão – a exemplo de Gâmbia, que fez bom papel na última Copa Africana de Nações, ao alcançar as quartas de final.
Mais um ponto importante do novo formato é o fim das fases preliminares. Com isso, as equipes mais fracas do continente farão jogos constantes com as mais fortes. Há um risco de goleadas acachapantes, tal qual acontece na Europa. Em compensação, o aumento na frequência de jogos também pode servir de experiência para esses nanicos se fortalecerem.
Como é o novo formato
O formato das Eliminatórias Africanas ficou mais simples agora. As 54 seleções sorteadas se dividiram em nove grupos. Apenas o líder de cada grupo terá vaga direta na Copa do Mundo. As equipes se enfrentarão em turno e returno, com as partidas concentradas entre novembro de 2023 e outubro de 2025.
Além disso, os quatro melhores segundos colocados participarão da repescagem. Esses quatro times se enfrentarão num “Final Four” em novembro de 2025, com semifinais e final. O vencedor desse mini-torneio será o representante da África na repescagem intercontinental.
A repescagem intercontinental também terá um novo formato para 2026, com seis times das diferentes confederações divididos em duas chaves, que darão as duas últimas vagas na Copa. Os dois times de melhor ranking se classificarão diretamente à final desses mini-torneios e esperarão os vencedores de dois confrontos preliminares. Os jogos ocorrerão em campo neutro, na sede do Mundial.
Os grupos das Eliminatórias Africanas
- Grupo A: Egito, Burkina Faso, Guiné-Bissau, Serra Leoa, Etiópia, Djibuti
- Grupo B: Senegal, RD Congo, Mauritânia, Togo, Sudão, Sudão do Sul
- Grupo C: Nigéria, África do Sul, Benin, Zimbábue, Ruanda, Lesoto
- Grupo D: Camarões, Cabo Verde, Angola, Líbia, Eswatini, Ilhas Maurício
- Grupo E: Marrocos, Zâmbia, Congo, Tanzânia, Níger, Eritreia
- Grupo F: Costa do Marfim, Gabão, Quênia, Gâmbia, Burundi, Seicheles
- Grupo G: Argélia, Guiné, Uganda, Moçambique, Botsuana, Somália
- Grupo H: Tunísia, Guiné Equatorial, Namíbia, Malauí, Libéria, São Tomé e Príncipe
- Grupo I: Mali, Gana, Madagascar, República Centro-Africana, Comores, Chade
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— CAF Media (@CAF_Media) July 13, 2023
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