Especialistas avaliam que nota do Brasil sobre Venezuela marca mudança de tom com governo Maduro | Política

Lula, presidente do Brasil, e Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Ricardo Stuckert/PR

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Diplomatas e especialistas em relações internacionais avaliam que a nota do Brasil sobre as eleições na Venezuela, dizendo ver com preocupação o desenrolar do processo eleitoral, marca uma mudança de tom do país na relação com o governo de Nicolás Maduro. Mesmo diante de denúncias de irregularidades e de veto a opositores no pleito, o governo Lula vinha evitando dar declarações públicas contra a condução do processo eleitoral na Venezuela. Maduro é um dos principais aliados de Lula no cenário da América do Sul.

Só que a nota de terça-feira (dia 26), publicada no site do Itamaraty, afirma que o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral depois que Corina Yoris, que é a opositora de Maduro, não conseguiu se registrar para participar das eleições.

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O Itamaraty afirma na manifestação ainda que não existiam impedimentos judiciais contra Corina e que até o momento a exclusão dela do processo não foi objeto de explicações oficiais, o que fere o acordo de Barbados, intermediado pelo Brasil, que estabeleceu regras para o pleito venezuelano.

Caracas subiu o tom e rebateu a nota brasileira, dizendo que a publicação parece ter sido ditada pelos Estados Unidos. A nota do Itamaraty, no entanto, se opõe às sanções comerciais defendidas pelos Estados Unidos.

Apesar das notas, nenhuma sanção deve ser aplicada

Diplomatas ouvidos pela CBN avaliam que embora a nota marque uma mudança de tom em relação ao governo de Maduro, a Brasil vai manter posição contra aplicação de qualquer tipo de sanção econômica à Venezuela.

As eleições na Venezuela estão marcadas para o dia 28 de julho. Apesar da pressão internacional, especialistas avaliam ainda que o prazo para candidaturas não deve ser reaberto. Corina Yoris foi indicada por María Corina Machado, que era a candidata favorita da oposição, mas também foi impedida de concorrer, por estar inelegível. Já Miguel Rosales, governador de Zulia e também membro da oposição conseguiu o registro e vai estar na disputa.


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