Na tela da urna eletrônica das eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho, a foto de Nicolás Maduro aparecerá 13 vezes, conforme revelado pelo próprio presidente venezuelano em seu programa de TV na última segunda-feira (22).
O prazo para as modificações nas candidaturas encerrou nesta terça-feira (23), e a versão final da cédula ainda não foi divulgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Embora a votação na Venezuela seja eletrônica, a cédula reflete as opções de candidatos apresentadas aos eleitores.
Por que a foto de Maduro aparece tantas vezes?
O líder venezuelano explicou que cada candidato representará uma foto na cédula. Dos 37 partidos e organizações políticas autorizados pelo CNE a concorrer, 13 apoiam a candidatura de Maduro. Em seguida, está o opositor Antonio Ecarri, com 5 espaços.
Espera-se que a foto de Edmundo González Urrutia, substituto de María Corina Machado, apareça pelo menos três vezes, pois ele foi inscrito pela sigla Mesa da Unidade Democrática (MUD) e recebeu apoio dos partidos Um Novo Tempo (UNT) e Movimento pela Venezuela.
Urrutia declarou em vídeo publicado no Youtube nesta quarta-feira (24) que chegou a hora de “marchar pela recuperação” da democracia venezuelana, deixar de lado as diferenças e “trabalhar para alcançar o triunfo eleitoral” no pleito deste ano. “Estamos enfrentando o desafio de apostar na recuperação da Venezuela. Ninguém pode ficar indiferente à situação de milhões de nossos compatriotas, uma pobreza que se expande enquanto a inflação persiste e a moeda perde valor real”.
Já Maduro ironizou as críticas sobre a cédula, destacando que não há uma “ditadura” ou sistema de partido único. Ele afirmou que há “13 fotos legais, como já ocorreu em outras eleições” e usou como exemplo a corrida presidencial de 2012, onde a foto de Hugo Chávez aparecia 12 vezes e a de seu oponente, Henrique Capriles, 22 vezes.
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