Enquanto Brasil e Paraguai ficam de “blábláblá”, S&P Global rebaixa liquidez da Itaipu

A agência de classificação de risco de crédito S&P Global rebaixou, na segunda-feira (12), o rating de crédito atribuído à Itaipu de ‘brAAA’ para ‘brAA+’ e a manteve na listagem CreditWatch com implicações negativas.

Traduzindo: rating de crédito é uma avaliação realizada por agências especializadas sobre a capacidade de uma empresa, governo ou entidade de pagar suas dívidas. As notas de classificação de risco são atribuídas a partir dessa análise, e servem como uma referência para investidores em relação ao risco de crédito envolvido em um investimento em determinada empresa ou entidade.

Já o CreditWatch é um tipo de aviso que indica que alguns fatores ocorreram ou são altamente prováveis ​​de ocorrer e que terão um impacto na classificação de crédito de um indivíduo, empresa ou outro tipo de organização

O rebaixamento se deve ao seguinte, segundo a própria S&P Global:

  1. A continuidade do impasse entre os controladores da Itaipu Binacional, Brasil e Paraguai, está impedindo o faturamento da receita da hidrelétrica. Uma vez que, além de não definirem o valor da tarifa e do orçamento de 2024 – que bloqueou as movimentações financeiras nas contas orçamentárias da empresa –, os controladores também não chegaram a um acordo sobre os termos de compra e venda da potência da usina;
  2. Por isso, a ENBPar, estatal que detém os 50%da participação do Brasil na Itaipu e que comercializa a energia do lado brasileiro, está fazendo os pagamentos referentes à energia comprada pelo Brasil em uma conta judicial, enquanto a ANDE, que comercializa a energia do lado paraguaio, não tem feito os pagamentos referentes a 2024. Dessa forma a Itaipu não tem recebido tais valores em seu caixa, o que pressiona a sua liquidez;
  3. O CreditWatch negativo reflete a possibilidade de um novo rebaixamento do rating devido aos riscos de liquidez, visto que a Itaipu não está faturando s ua energia vendida, o que, em última instância, poderia prejudicar, ainda mais, as operações da hidrelétrica nos próximos meses.

Com informações da S&P Global

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