Em meio à campanha na Venezuela, estreia filme sobre a vida de Nicolás Maduro

Faltando duas semanas para a eleição presidencial na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição, recebeu uma forte alavanca para sua campanha com o lançamento de um filme sobre sua vida, com veiculação na rede estatal Venezuelana de Televisão.

O primeiro de seis episódios da série “Nicolás” foi ao ar na noite de domingo, mostrando sua infância, seu amor pelo beisebol e o início de carreira política no movimento estudantil. Uma versão consolidada, de 63 minutos, será lançada mais tarde.

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Maduro escreveu na rede social X que a película conta “parte do que foi a minha história de vida, a trajetória de uma trajetória de anos de lutas populares, sindicais e revolucionárias”, e que a obra foi um “presente” do coletivo de produtores Movimento Futuro.

Também neste fim de semana, foi lançado o livro “Nicolás Maduro, Presente e Futuro”, escrito pela advogada e escritora Ana Cristina Bracho, também abordando narra a vida do presidente desde sua infância, passando por suas relações com Hugo Chávez até sua caminhada como chefe de Estado.

Repressão

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Enquanto o presidente adota essas ações de culto à personalidade, a oposição a Maduro denuncia que está havendo uma escalada da repressão, com várias prisões de ativistas e apoiadores da campanha de Edmundo González.

Segundo a equipe da campanha, pelo menos nove pessoas foram presas nas últimas horas em quatro estados do país, sendo que já há outros 14 detidos por serviços de inteligência, enquanto seis líderes estão refugiados na embaixada argentina em Caracas.

A líder da oposição María Corina Machado, que foi impedida de concorrer pela Justiça venezuelana, disse que até o dono de um caminhão usado como palanque num comício foi detido e que uma autoridade fiscal mandou fechar uma venda de sanduíches em La Victoria, horas depois de Machado e González comprarem almoço no caminho de volta a Caracas.

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Não é a primeira vez que isso acontece: outros hotéis, restaurantes, fornecedores de som e até uma venda de empanada receberam sanções por servir a líder da oposição e sua equipe. “Isso, longe de nos intimidar, nos deu mais energia e organização”, afirmou.

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