Eder Fialho: “A minha meta era dar à Record CV a cara de Cabo Verde”

A emissora de televisão Record Cabo Verde completa neste mês de abril 17 anos de existência no arquipélago e segundo o diretor Eder Fialho foi um percurso cheio de desafios.

“A Record CV enfrentou vários desafios como todas as televisões. Viemos para cá com uma proposta de trazer nova gestão, fazer uma nova dinâmica e uma nova forma de fazer televisão e temos visto que nestes últimos anos temos conseguido chegar ao nível que queríamos”, disse Eder Fialho.

À frente da emissora de televisão há quase 4 anos, Eder Fialho diz que “a meta era dar a Record CV à cara de Cabo Verde”, mas afirma que “não é fácil produzir conteúdos no país”.

“Não é uma tarefa fácil, é bastante difícil, mas nós estamos aos poucos a conseguir fazer essa introdução, introduzir a linguagem, temos o único telejornal do país na televisão aberta todo na língua crioula, justamente para dar esta representatividade. Temos feito o mínimo de conteúdos dentro daquilo que conseguimos para representar melhor os cabo-verdianos, colocar as pessoas dentro da televisão, então acredito que estamos no caminho certo, digamos que 50 por cento do ideal.”

Eder Fialho aponta investimentos como a maior dificuldade na produção de conteúdos no arquipélago.

“O mercado cabo-verdiano não trabalha a pensar na televisão. A televisão é quase uma vitrine para todos, mas não é tão fácil fazer televisão. Encontrar parcerias, investimentos para produzir localmente não é fácil, essa é a maior dificuldade não só da Record como de todas as outras emissoras”, diz e acrescenta que há uma reclamação justa e generalizada na sociedade que as televisões não produzem muitos conteúdos nacionais, “mas isso é muito em função a essa dificuldade de financiamento, das leis de fomento funcionarem como estão escritas”.

2024, um ano de novidades

Segundo Eder Fialho, 2024 vai ser um ano especial para a Record CV. “É um ano que vamos dar uma nova roupagem ao nosso jornalismo, que vai impactar todos. (…) Vamos trazer pela primeira vez a série “Cris pelo Mundo”, que é uma família de brasileiros que vive em Portugal e que vieram conhecer os caminhos de Santiago onde Charles Darwin passou.”

Entre as estreias constam também das séries bíblicas “Heróis Eternos”, “A Rainha da Pérsia” e “Neemias”, bem como do programa Flirty Dancing.

Há 17 anos em Cabo Verde, atualmente a Record CV emprega diretamente 48 pessoas e cerca de 20 indiretamente.

No que tange aos dados nas redes sociais, a Record conta atualmente com mais de 1,6 milhões de subscrições no YouTube, mais de 1 milhão de seguidores no Facebook e Instagram e mais de 52 milhões de views nos dois canais no YouTube.