Drones, helicóptero militar e óculos de visão noturna: os equipamentos que estão ajudando no RS | Tecnologia

O estado do Rio Grande do Sul (RS) passa por uma de suas maiores catástrofes ambientais, com enchente histórica atingindo a região, incluindo a capital Porto Alegre, onde até o aeroporto está inoperante por motivos de alagamento.

Para além da discussão do que poderia ser feito, seja em planejamento ou em tecnologia, para evitar ou minimizar esse tipo de ocorrência, no momento, o foco tem sido atuar nas áreas atingidas para salvar pessoas e animais.

Para isso, alguns equipamentos e tecnologias estão se destacando ao atuar juntamente às equipes de resgate durante a crise. Satélites e helicópteros militares estão sendo fundamentais nas operações para que ninguém fique sem assistência. Confira a seguir.

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Aeronave RQ-900

Aeronave RQ-900 Hermes, da Força Aérea Brasileira (FAB) — Foto: Divulgação/X/FAB

O RQ 900 é oficialmente uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), popularmente chamada de drone. A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou que, desde domingo (5), a ARP tem sido usada para sobrevoar as regiões alagadas e ajudar no resgate de pessoas e animais ilhados.

Segundo a FAB, a aeronave atuou durante 24 horas ininterruptas de voo, cobrindo uma área superior a 1.350 km2 e auxiliando no resgate de 36 pessoas. A RQ-900, fabricada pela empresa israelense Elbit Systems, possui sensores com câmeras de alta definição e iluminação com marcador laser. Ela pode voar a mais de 9 mil metros de altura e transportar carga de até 350 kg.

O RQ-900 também transporta água e alimentos para os ilhados que optaram por não deixar o local e monitora bloqueios em rodovias e estradas, áreas de risco de desmoronamento e instalações, diz a Força Aérea.

Helicóptero H-60L Black Hawk

H-60L Black Hawk — Foto: Agência Força Aérea/Sgt. Johnson/Flickr

A equipe da FAB também usa um helicóptero H-60L Black Hawk em parceria com o RQ 900. O helicóptero recebe as coordenadas da ARP para chegar próximo a um ponto de resgate. A aeronave é fabricada pela Sikorsky. Possui um bimotor de quatro pás e de médio porte. É um dos helicópteros mais produzidos do mundo e é o helicóptero padrão das Forças Armadas dos Estados Unidos. Possui alta capacidade de transportar pessoas e equipamentos.

Óculos de Visão Noturna (OVN)

Óculos de visão noturna no capacete militar — Foto: Lubo Ivanko/Getty Images

Os óculos de visão noturna (NVG, do inglês Night Vision Goggles) estão sendo utilizados principalmente pela tripulação do Black Hawk, já que oferecem um aumento na capacidade operacional e na segurança de voo. São fundamentais para localizar vítimas em áreas sem iluminação.

Super Navio

Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, Capitânia da Esquadra brasileira e maior navio de guerra da América Latina — Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil enviou ao Rio Grande do Sul o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, o maior navio de guerra da América Latina, segundo a instituição. O objetivo é que a embarcação auxilie no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas.

O NAM “Atlântico” comporta oito embarcações de médio e pequeno porte e transportará, ainda, duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil de água potável por hora.

Estação-rádio via satélite

Serviço de Informações Aeronáuticas (AFIS) – conhecida como estação-rádio – na sede do Comando Conjunto da Operação Taquari II, no Terceiro Regimento de Cavalaria de Guarda (3º RGG), em Porto Alegre (RS) — Foto: Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) também anunciou a instalação, nesta terça-feira (7), de uma unidade de Serviço de Informações Aeronáuticas (AFIS) – conhecida como estação-rádio – em uma de suas unidades em Porto Alegre.

Segundo a FAB, devido ao grande número de helicópteros atuando na região, houve a necessidade de implementar um controle adicional no local onde se concentram as aeronaves, para melhor entendimento da situação, e aumento na eficiência e na segurança das operações aéreas de resgate.

A estrutura é composta por geradores, antenas para enlace de dados via satélite, computadores interligados em rede e sistemas de comunicação VHF-AM. São cerca de 40 militares – entre técnicos, meteorologistas e controladores de tráfego aéreo – mobilizados para esta operação.

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