Imagens de satélites do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês) mostram que a Venezuela está expandindo o número de tropas na fronteira com a Guiana. A ação acontece mesmo após ambos os países se comprometerem em não “usar quaisquer tipos de força” na disputa pela região de Essequibo e debater o assunto.
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A província de Essequibo, uma área rica em minerais que compõe 74% do território guianense, é reivindicada pela Venezuela desde 1841. No início de dezembro, o governo de Nicolás Maduro propôs um projeto de lei para anexar a região e criar um novo estado venezuelano. A decisão foi tomada após 95% da população votar a favor do plano.
O anúncio gerou semanas de tensão entre os países, que enviaram forças militares para as fronteiras. Em dezembro, ambos acordaram em priorizar o diálogo para resolver a questão. Imagens reveladas pelo CSIS, no entanto, mostraram as tropas venezuelanas realizando exercícios militares perto da Guiana, além da chegada de novos equipamentos.
“Esse comportamento escalatório por parte da Venezuela cria oportunidades para erros de cálculo e perda de controle sobre os eventos no terreno. Os formuladores de políticas precisam estar atentos às palavras e ações do regime de Maduro ao navegar na disputa de Essequibo. As negociações não devem ignorar as provocações na fronteira”, disse Christopher Hernandez-Roy, vice-diretor do CSIS.
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O pesquisador reforçou que a comunidade internacional deverá desempenhar um papel vital na “conscientização sobre as ações duplicatas de Maduro”, tentando garantir que os “atos duvidosos” não atrapalhem o diálogo com a Guiana. Segundo ele, Estados Unidos e Brasil estão entre os principais países que devem mediar o assunto.
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