A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Braga, em conjunto com a Guardia Civil de Pontevedra (Espanha), desmantelou um grupo criminoso dedicado a “roubos violentos numa vasta zona do Norte de Portugal”.
Em comunicado, a GNR explica que o desmantelamento aconteceu no âmbito da Operação ‘Gergera-Arvoredo’, a 10 de abril. Ao todo, o valor total dos bens furtados atingiu os dois milhões de euros.
A operação começou, em novembro de 2021, “após ter sido detetado um aumento considerável na prática de assaltos com violência no interior de casas habitadas, na zona norte de Portugal”.
Em fevereiro de 2022, aconteceu a primeira fase da operação policial, com a realização de uma busca na área de Rosal, Pontevedra, em Espanha, e a detenção de duas pessoas de origem albanesa na cidade de Vila Nova de Cerveira (Portugal)”.
Na nota informativa, a GNR disse que as pesquisas permitiram “traçar um perfil dos membros do grupo que estabeleceram residência, eventualmente em Espanha, para cometer os assaltos, no município de O Rosal (Pontevedra)”.
Os elementos do grupo tinham, por sua vez, uma base numa casa localizada numa “região rural com diversas possibilidades de acesso e saída, o que facilitava a sua ocultação e fuga”. Para se movimentarem, utilizavam veículos previamente roubados, com matrículas falsas.
Segundo a GNR, os suspeitos escolhiam “previamente” as casas a ser assaltadas, em Portugal, visando “joias em ouro, dinheiro e roupas ou acessórios de marcas sofisticadas, arrombando para esse efeito eventuais cofres existentes”.
Para praticar os roubos, os suspeitos deslocavam-se mais de 100 quilómetros da sua base de operações. Depois dos roubos, “escondiam o produto e as ferramentas usadas para cometer os crimes, numa zona arborizada na localidade de Vila Nova de Cerveira, demonstrando, pelo modus operandi, grande profissionalismo e agilidade”.
Nessa primeira fase, um terceiro membro do grupo terá conseguido fugir.
Os dois suspeitos inicialmente detidos tinham “um extenso histórico criminal” e foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva. Naquele momento, “foram apreendidos vários objetos como joias, acessórios de luxo, dinheiro, equipamentos informáticos, um inibidor de frequência, walkie-talkies, ferramentas e dois veículos”.
Rede desmantelada na segunda fase da Operação
Seguidamente, após a emissão de várias Ordens de Investigação Europeias, tanto por autoridades portugueses como por autoridades espanholas, e uma análise exaustiva da documentação, apurou-se que existiam dois cúmplices, “que lhes forneciam apoio logístico e documental, facilitavam o alojamento aos suspeitos através do aluguer de estadia temporária e cedência de veículos”.
Por isso, a 10 de abril, e com o apoio da Europol, militares da GNR de Braga e da Guardia Civil de Pontevedra executaram a segunda fase da operação, realizando buscas numa habitação. Foram, então, identificadas duas mulheres, na província de Valência, como “cúmplices na atividade do grupo criminoso”.
“Da operação resultou ainda a apreensão de diversos documentos fundamentais para o processo, telemóveis, equipamento informático, bem como cerca de 6.000 euros em notas de vários valores que se encontravam divididos e escondidos numa das habitações”, escreve ainda a GNR.
No fim da operação, o grupo criminoso foi considerado “desmantelado”.
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