Deputado da Guiné-Bissau detido em Lisboa com quase meio milhão de euros em cocaína

Já há duas semanas, o procurador guineense Eduardo Mancanha também foi intercetado no aeroporto lisboeta na posse de droga. 

Segundo informação recolhida pelo JN, Manuel Irénio Nascimento Lopes, conhecido na terra natal por Manelinho, aterrou em Portugal num avião que fez a ligação entre Bissau e Lisboa e estava em direção à saída do aeroporto quando foi abordado pelos elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira. Estes pretendiam inspecionar as malas do deputado da Assembleia da Guiné-Bissau, mas Manuel Lopes opôs-se terminantemente, alegando que dispunha de passaporte diplomático e, consequentemente, também as suas malas não podiam ser vistoriadas. 

A discussão prolongou-se e obrigou a Autoridade Tributária e Aduaneira a acionar a Polícia Judiciária que, quando chegou ao aeroporto, explicou ao deputado guineense que as malas diplomáticas cumprem um protocolo que não se verificava naquele caso. Os inspetores acrescentaram que o facto de Manelinho usufruir de imunidade diplomática não impedia a fiscalização das malas.

Logo depois, a bagagem do antigo presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau foi posta no aparelho de raio x e a análise rapidamente revelou 13 placas suspeitas. Aberta a mala, verificou-se que esta não guardava qualquer vestuário e tinha sido usada somente para esconder as 13 placas que se confirmaria depois serem de cocaína.

Manuel Lopes foi detido e, nesta quarta-feira, levado ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para ser sujeito a primeiro interrogatório judicial. Neste momento, ainda não são conhecidas as medidas de coação aplicadas pelo juiz.

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