David de Pina: de ‘covarde’ a atleta Olímpico
Pina se descreveu como um “covarde” que cresceu em Santa Cruz, onde era intimidado por algumas crianças maiores da sua vizinhança.
Mas, por sorte, Pina foi convencido por um de seus rivais a ingressar na academia de boxe local, que também era a mesma que seu pai frequentava.
O treinador incutiu em Pina, então com 15 anos, a paixão pelos Jogos Olímpicos, com o jovem atento a cada palavra sua enquanto contava histórias sobre os diversos torneios internacionais.
“Graças a ele, que me ensinou como sonhar em ser um atleta Olímpico. Sempre depois do treino ele se sentava com as crianças e contava histórias sobre os Jogos Olímpicos, e sobre como é bom ser atleta Olímpico”, lembra Pina.
“Graças a ele comecei a sonhar em ir aos Jogos, e depois desses momentos nunca mais parei de sonhar. Depois que obtive a vaga, liguei para ele e disse que graças a ele sou atleta Olímpico pela segunda vez, desta vez conseguindo com minhas próprias mãos. Então, graças a ele!”
Com as bases firmemente estabelecidas pelo seu antigo treinador e por Bruno de Carvalho, Pina acredita que pode continuar a abrir novos caminhos para Cabo Verde. O arquipélago no Oceano Atlântico, localizado na costa ocidental do continente africano, nunca ganhou uma medalha nos Jogos Olímpicos desde a sua primeira participação em Jogos, em Atlanta 1996.
Perguntado se ele poderia realmente quebrar o tabu, Pina respondeu enfático: “Acredito que posso! Minhas atuações na Tailândia mostraram ao mundo que somos candidatos às medalhas. As coisas podem mudar até Paris, todos vão treinar e melhorar. Podemos não conseguir, é normal, mas mostrei na Tailândia que só precisava de uma chance.”
Como os Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.
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