Construtora de Braga forma e contrata trabalhadores na Guiné-Bissau para combater falta de mão de obra

O Grupo Casais, de Braga, deu formação a trabalhadores da Guiné-Bissau, que já vieram para Portugal com contrato de trabalho, no âmbito de um projeto que tem como um dos objetivos combater a falta de mão de obra no setor da construção.

Em comunicado enviado a O MINHO, a construtora refere que o projeto “atua na formação, capacitação e mobilidade de Recursos Humanos, no universo CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), especificamente na Guiné-Bissau, em parceria com o Instituto de Formação dos Países de Língua Portuguesa (IFCPLP)”.

A iniciativa, assinala o Grupo Casais, pretende reforçar competências técnico-profissionais e qualificação para a integração na vida ativa.

Após um processo de formação e de avaliação, o Grupo Casais estabeleceu, com os candidatos selecionados, um contrato de trabalho em Portugal.

Os formandos estão já a trabalhar em Portugal, depois de terem tido formação no país de origem durante três semanas e após uma semana de acolhimento e integração continuarão agora em formação.

“Este projeto comporta três objetivos principais, que são: combater a imigração ilegal em Portugal; aumentar as qualificações dos cidadãos CPLP, nomeadamente os guineenses e combater a falta de mão de obra em Portugal, problema que tem vindo a ser muito marcante no setor da construção no país”, refere o comunicado.

Foto: DR

“É com muito orgulho que vemos este projeto avançar em parceria com a IFCPLP. O Grupo Casais está totalmente comprometido com o desenvolvimento do setor e a transferência tecnológica na construção. Um dos nossos objetivos é o caminho para a construção sustentável e para isso é fulcral uma mão de obra qualificada e a valorização daqueles que são os recursos humanos, um ponto fundamental para este desenvolvimento. De forma a contribuir para melhorias no setor, e também para promover a reversão da emigração de risco, e capacitar a força trabalhadora do setor da construção civil na Guiné-Bissau, damos este passo importante para a história do Grupo Casais. Os nossos recursos humanos são os nossos maiores ativos e por isso é tão importante apostar na formação”, afirma António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais, citado no comunicado.

A iniciativa, composta por várias fases, teve início com a divulgação, seleção e recrutamento de recursos humanos na Guiné-Bissau, processo que exigiu requisitos mínimos para a candidatura a esta oferta de contratação e formação conforme critérios previamente definidos. 

O Instituto de Formação dos Países de Língua Portuguesa(IFCPLP) foi responsável pelas questões de documentação e pedido de vistos de trabalho e existirá, ao longo do projeto, um acompanhamento social e profissional dos trabalhadores.

A formação teórica e prática foi assegurada pelo IFCPLP em colaboração com o Grupo Casais. Após estes momentos, foi feita uma seleção com 60% dos candidatos, com os quais foi efetivado um contrato de trabalho. Os restantes 40% ficaram numa bolsa de trabalhadores criada para o efeito, com o intuito de que possam servir empresas locais, contribuindo este projeto para a qualificação dos trabalhadores guineenses.

O programa de formação incluiu metodologia específica, com uma proposta personalizada ao projeto, onde foram transmitidos vários conhecimentos práticos como alvenaria, reboco, betonilha, ladrilho.

O Grupo Casais identificou alguns parceiros, nomeadamente associações, organismos públicos e privados e centros de formação especializados na área da construção que tiveram um papel de auxílio no projeto, sobretudo na divulgação da oferta e pré-seleção de candidatos.

O Grupo Casais, de acordo com a descrição no seu portal, tem como princípio a durabilidade, promovendo a construção de infraestruturas resilientes, a industrialização inclusiva e sustentável e a inovação.

A empresa, que foi criada em 1958 em Mire de Tibães, Braga, e onde ainda mantém a sede, é hoje uma das maiores empresas de construção em Portugal, mantendo o também o seu cariz familiar. Atualmente, opera em 17 países e, em 2022, ganhou pela 5.ª vez o Prémio Construir de Melhor Construtura em Portugal, bem como o 3.º lugar como Best Place to Work. Fechou o ano de 2022 com um volume de negócios agregado de mais de 682 milhões.

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