A energia solar é a fonte de eletricidade que tem atraído mais investimento em Portugal nos últimos anos. Atualmente o país já tem uma potência fotovoltaica de quase 4,6 gigawatts (GW), mas o Plano Nacional de Energia e Clima prevê que em 2030 o país ultrapasse os 20 GW, o que obrigará a um ritmo de instalação de novas centrais ainda maior que o atual.
Muitos destes projetos só têm conseguido declarações de impacte ambiental (DIA) favoráveis por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com fortes condicionantes, obrigando a reduzir a dimensão inicialmente prevista e a redesenhar os empreendimentos para acomodar as preocupações com a conservação da natureza e da biodiversidade ou com o impacto visual que terão para as comunidades locais.
O Expresso selecionou uma dezena e meia de projetos entre os maiores que estão a ser desenvolvidos em Portugal e que já obtiveram “luz verde” da APA ou que já iniciaram o seu processo de licenciamento ambiental. Só esta amostra de 15 megacentrais soma uma potência de 5814 megawatts (MW), ou 5,8 GW, mais do que toda a capacidade hoje em operação no país.
Na sua maior parte esta capacidade ainda não começou a ser construída, aguardando disponibilidade da rede elétrica para acomodar a nova potência, bem como a etapa final do licenciamento: a obtenção de licenças de construção por parte dos municípios.
De acordo com o levantamento feito pelo Expresso, envolverão investimentos superiores a 4 mil milhões de euros e ocuparão mais de 7 mil hectares, desde o Baixo Alentejo até ao Nordeste. No seu conjunto, se todas se concretizarem, produzirão anualmente mais de 10 terawatts hora (TWh) de eletricidade, o equivalente a 20% do atual consumo anual de eletricidade em Portugal.
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