como funciona procedimento autorizado pela 1ª vez no Peru

O protocolo da eutanásia foi elaborado por uma equipe médica e passou pela aprovação do EsSalud, o órgão de saúde pública do Peru.

Ana sofria desde os 12 anos de polimiosite, uma doença incurável e progressiva que provoca atrofia e fraqueza muscular. Ela militou nos últimos anos pelo direito à morte digna, depois de passar nove anos na cama, praticamente sem movimentos e conectada a um ventilador mecânico por meio de uma traqueostomia.

Em fevereiro de 2021, o 10º Juizado Constitucional da Corte Superior de Apelações de Lima ordenou que o Ministério da Saúde e o Seguro Social de Saúde respeitassem a decisão da peruana “de pôr fim à sua vida através do procedimento técnico da eutanásia”. A sentença judicial favorável foi confirmada em 2022 pela Suprema Corte do país.

Quando soube da decisão, Ana afirmou, em entrevista ao UOL, que finalmente se sentia livre.

“Amo tanto a vida e a respeito tanto, que desejo que meu último momento continue assim, amando a vida. Não com dor e sofrimento. Lutei para não guardar a sensação de tristeza e rancor que sofri quando estive internada em uma UTI. Lutei pela minha vida.” Ana Estrada, em entrevista ao UOL em 2021.

A decisão histórica abriu precedentes para outros casos no país. Em fevereiro, a peruana Maria Benito Orihuela, que tem Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também obteve na Justiça do país o direito à eutanásia, mas ainda não conseguiu o cumprimento da decisão.


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