Durante anos, grande parte do prédio permaneceu vazia. Então, depois de décadas de abandono, o espaço foi transformado em um quartel-general. Foi na década de 1980 que o governo da Venezuela começou a transferir algumas agências para o Helicóide, sendo a mais importante o Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência).
Local foi transformado em prisão. Com passagens helicoidais que convergem em uma enorme cúpula, o edifício passou a ter espaços projetados para serem lojas, salas comerciais, banheiros e até escadas convertidos em celas.
Os corredores circulares da prisão são longos e sombrios, de acordo com o El País. A sala de visitas é “opaca e hermética”, e os familiares dos presos sofrem abusos frequentemente.
As celas não têm luz ou ventilação natural, contou um estudante detido no local à CNN. Outro preso relatou que, com muita frequência, se escutavam gritos no local devido às sessões de tortura.
O ativista Rosmit Mantilla passou dois anos e meio preso e descreveu o espaço como “um inferno na terra”. Ele relatou ao The Guardian que a rotina no prédio era de superlotação, desnutrição, pressão psicológica e refeições escassas.
Há pelo menos três salas usadas para tortura e não conseguíamos dormir porque ouvíamos gritos a noite toda: pessoas que apareciam e desapareciam.
Rosmit Mantilla ao The Guardian
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