Com promessa de entrega para até 2026, Manta-Manaus integrará América do Sul e Asia via Amazônia

A integração da América do Sul e Ásia via Amazônia deve sair do papel até o fim do mandato do presidente Lula. Esse foi o compromisso assumido pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa, em visita a Tabatinga, na Tríplice Fronteira, ontem. A promessa tem como base a inclusão da Rota Multimodal Manta-Manaus no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) que será o ponto de escoamento da produção da Zona Franca de Manaus (ZFM) e do agronegócio brasileiro.

A principal deficiência do projeto Manta-Manaus atualmente é a dragagem do Rio Solimões e a ausência de alfândega em Tabatinga, mas, conforme Tebet, todas são “factíveis e possíveis (de se resolver)”.

Segundo a ministra,  o ponta-pé inicial para que o projeto saia do papel é a adequação da infraestrutura portuária e segurança, assuntos já tratados por ela com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o ministro da Segunda Pública, Ricardo Lewandowski.

Com o sinal verde para a Manta-Manaus, o deputado estadual Sinésio Campos (PT) garantiu a terceira grande vitória na vida politica. Além da rota para o Pacífico e a defesa da quebra do monopólio do gás, ele foi um dos primeiros a defender a exploração mineral em Autazes.

O trabalho de Sinésio foi reconhecido pelo governador Wilson Lima (UB), que fez afagos ao deputado na coletiva de imprensa em Tabatinga.

O ministro dos Portos e Aeroportos garantiu que não haverá redução na pista de pouso do Aeroporto de Tabatinga e, com isso, a aterrissagem de aviões de grande porte será mantida. 

Silvio Costa também anunciou  R$ 250 milhões em investimentos para os aeroportos de Manaus, Tabatinga e Tefé, que estão sob administração da Vinci Airport. Até dia 30 de outubro os serviços de reestruturação devem ser concluídos.

O ministro reforçou ainda que a dragagem e sinalização do Madeira e do Solimões, na região de Tabatinga e Benjamin Constant terão o processo licitado até  julho para antecipar eventuais problemas com a estiagem. Cerca de R$ 150 milhões estão carimbados para o serviço. 

O governador Wilson Lima fez dois pedidos aos ministros: a ampliação do caderno de exportações da Zona Franca de Manaus e a ampliação das rotas internacionais para que Manaus possa receber mais voos fomentando a integração com a América do Sul e o turismo de negócios e lazer. 

Entidades indígenas repudiaram o licenciamento ambiental, anunciado pelo governo do estado, para Potássio do Brasil explorar a área de Autazes. A comunidade indígena Lago de Soares afirmou que os projetos não garantem o “direito à vida e ao território e ferem a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho”.

A comunidade pediu à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), ao Ministério da Justiça, ao Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal que garantam os direitos dos moradores tradicionais.

Assuntos

Compartilhar

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.