Ciclista que cruzava o Brasil desaparece na fronteira com a Guiana

Silva enfrentou muitas dificuldades na reta final da expedição. Ao chegar em Roraima, em novembro, adoeceu e retornou a Bertioga (SP), onde vive a esposa, para se recuperar. Em fevereiro deste ano, voltou para Boa Vista (RR) para terminar a expedição. Mas, no caminho de Boa Vista para Uiramutã, a última cidade do percurso, foi mordido por uma cadela e teve que fazer uma pausa na cidade até terminar de tomar todas as doses da vacina contra raiva.

Conhecido como Atleta da Fé, ele viajava com a Pantera Negra, sua bicicleta. Em 22 de março, postou um vídeo no YouTube se preparando para concluir a viagem até o Monte Caburaí.

Estou muito feliz por ter chegado finalmente à última cidade do Brasil, em Roraima, Uiramutã. Eu saí ano passado, 23 de abril, do Chuí, na divisa do Brasil com o Uruguai. Eu a minha Pantera Negra, guiados por Deus. (…) Passar tantos estados sem perder a vida… Quase estive próximo, mas não perdi, porque existem anjos, um Deus e me guardaram. Eu tenho a fé que me guardarão até o final, até que eu chegue ao Monte Caburaí.

Vou sozinho, enfrentar índios, que podem ser hostis, enfrentar região de garimpeiro, enfrentar uma região que está em litígio de guerra, na tríplice fronteira Venezuela-Guiana-Brasil, enfrentar uma região de selva pouco conhecida, um pedaço muito longo de quase 100 km de selva bruta. Vou estar em contato com todo tipo de animal. Com os rios, com tudo. Mas eu me sinto preparado.
George Silva, em vídeo postado em 22 de março no YouTube

Em 27 de março, Silva fez uma rápida ligação para a esposa e informou que estava partindo de Uiramutã para o Monte Caburaí. Como as condições do trajeto são ruins, Souza teria decidido ingressar na Guiana, onde o percurso é tido como mais seguro. Desde então, a família não conseguiu contato com o ex-militar.

Segundo Gregori de Souza, filho de George, o pai calculou que levaria 15 dias para ir até o Monte Caburaí e retornar. Portanto, a previsão era de que Silva estaria de volta até meados de abril. O filho acredita que o pai possa ter errado no cálculo do tempo do trajeto.


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