Pelo menos quatro pessoas morreram, duas ficaram feridas e outras 12.740 foram afetadas pela chuva intensa registada no sul de Moçambique no domingo, divulgou esta segunda-feira o Centro Nacional Operativo de Emergência (Cenoe).
Os óbitos foram registados na província de Inhambane, todos causados por raios, disse Ana Cristina, diretora do Cenoe de Moçambique, durante uma reunião do Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco de Desastres.
O mau tempo, registado nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, causou ainda a destruição total ou parcial de 11 casas e inundou outras 9.985, além de afetar também 19 escolas, 49 vias de acesso e 13 centros de saúde, indicam os dados preliminares.
Segundo a fonte, foram abertos 27 centros de acolhimento, que agora albergam pelo menos 7.658 pessoas.
A Secretaria de Estado da Cidade de Maputo decidiu esta segunda-feira suspender as atividades das escolas e institutos de formação técnico-profissional, devido às inundações provocadas por chuvas fortes que afetam a capital moçambicana desde a madrugada de domingo.
“Face às chuvas que se fazem sentir desde a madrugada do dia 24 de março do ano em curso, a cidade de Maputo encontra-se com algumas vias de acesso intransitáveis, pátios e salas de aulas alagadas, facto que condiciona o decurso normal das aulas em quase toda a cidade”, refere-se em comunicado da Secretaria de Estado de Maputo.
A suspensão da atividade letiva vai durar até ao próximo dia 29 e visa garantir a segurança dos alunos e formandos, lê-se no comunicado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inam) prevê a continuação das chuvas no sul, referindo, entretanto, que “tendem a abrandar, prevalecendo a possibilidade de chuvas fracas a partir de terça-feira”, indica a entidade, em comunicado.
O Inam alertou para chuvas moderadas a fortes nas próximas 24 horas em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte do país.
Segundo as autoridades moçambicanas, até ao passado dia 15, um total de 135 pessoas morreram, 195 ficaram feridas e 131.915 foram afetadas pela época da chuva no país, que decorre entre outubro e abril.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época da chuva.
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