Chefe de ONG na Venezuela está presa em serviço de inteligência

Ex-marido de diretora de ONG também continua preso. O militar reformado Alejandro José Gonzales De Canales Plaza, que foi casado com Rocío, está detido por “suposta prática dos crimes de revelação de segredos políticos e militares relativos à segurança da nação, obstrução de administração da Justiça e associação”. Ele foi preso na Direção Geral de Contra-Inteligência Militar da Venezuela.

A família da ativista foi liberada, mas vai ter que cumprir medidas cautelares. Segunda a defesa de Rocío, a filha, o pai e dois irmãos dela também estavam presos, mas foram soltos. Os quatro, porém, estão proibidos de deixar o país e falar com a imprensa, e também foram obrigados a se apresentar à Justiça periodicamente.

MP acusa ativista de integrar trama conspiratória

Para o MP, Rocío e seus familiares fazem parte do grupo chamado “Brazelete Blanco”. O governo Nicolás Maduro descreveu esse grupo como autor de um plano para atacar uma base militar em Táchira, na fronteira com a Colômbia, para, posteriormente, assassinar o presidente venezuelano.

O governo venezuelano alega que Maduro é alvo de outros planos conspiratórios. Só em 2023, afirma ter neutralizado cinco “conspirações” envolvendo militares, jornalistas e ativistas de direitos humanos. Em 2014, Rocío foi acusada pelo próprio ditador da Venezuela. À época, Maduro disse que a ativista estava envolvida em uma “revolta militar”.


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