Calamidades como a do RS serão cada vez mais frequentes no Brasil

Mas os especialistas alertam também que as particularidades da região são potencializadas por outros dois fatores: o El Niño, fenômeno vigente desde meados de 2023, que contribui para o aumento das temperaturas do planeta; e também as mudanças climáticas, provocadas pelo aquecimento global, e que vem tornando esses eventos mais frequentes com o passar do tempo.

Segundo um levantamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o número de dias com extremos de precipitação (acima de 50 milímetros) aumentou em Porto Alegre a cada década desde os anos 1960. Foram 29 dias, entre 1961 e 1970; 44 dias em 2001 e 66 dias entre 2011 e 2020.

O que esperar nos próximos dias

A previsão é de que as enchentes continuem por, pelo menos, 10 dias na capital Porto Alegre, com o nível do Guaíba acima dos 4 metros até o final de semana, pelo menos. Com o sistema antienchente da cidade no limite, o escoamento da água deverá ser mais lento.

O Inmet publicou na manhã desta terça-feira (7) um alerta vermelho de grande perigo de tempestades entre hoje e a quarta-feira (8) para o sudoeste e sudeste do Rio Grande do Sul. Segundo o Inmet, a previsão é de chuvas superiores a 60 milímetros por hora ou acima de 100 milímetros por dia, com ventos acima de 100 km/h e queda de granizo.

Desde a segunda-feira, a região sul do Rio Grande do Sul tem sido afetada por fortes chuvas e registros de alagamentos. De acordo com o Inmet, há grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário. O alerta é válido para os municípios de Aceguá, Arroio Grande, Bagé, Candiota, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Herval, Hulha Negra, Jaguarão, Morro Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e São José do Norte.

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