Cabo Verde sugere mais cooperação na comunicação social para fortalecer CPLP

“Se há setor que pode concorrer para o aprofundamento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é a comunicação social”, afirmou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, na cidade da Praia.

O membro do Governo falava na abertura da primeira de uma série de nove ações de formação para jornalistas da Agência Cabo-verdiana de Notícias – Inforpress, realizada em parceria com a Lusa e o Camões – Cooperação Portuguesa.

No caso de Portugal, disse que há um “espaço enorme” de cooperação com Cabo Verde “que não é aproveitado” e entendeu que existem condições para se “fazer muito mais” também nesta área.

A capacitação é destinada a 35 profissionais da Inforpress que viajaram de todas as ilhas do arquipélago, bem como a correspondente em Lisboa, mas ambiciona também vir a envolver jornalistas de outros órgãos, assim como docentes, estudantes universitários e assessores institucionais.

Os nove módulos vão ser distribuídos por um período de três anos, cada qual com a duração de uma semana, num orçamento total de 18 milhões de escudos (163 mil euros), cofinanciado pela cooperação portuguesa.

A iniciativa será ministrada por formadores da Lusa e vai abranger temas como jornalismo especializado, investigação, audiovisual e fotojornalismo, além de temas sensíveis da atualidade, como a desinformação e inteligência artificial.

O administrador único da Inforpress, Jair Fernandes, disse que muitos dos módulos já são do conhecimento dos jornalistas mais antigos, mas a empresa está numa “mudança geracional” com a contratação de novos profissionais.

O último ciclo de formação ministrado por jornalistas da Lusa terminou em 2021 e beneficiou 50 jornalistas e profissionais da comunicação da Inforpress e de outros órgãos públicos e privados cabo-verdianos.

Jair Fernandes avançou que um dos resultados dessas formações é um “crescimento interessante” ao nível da produção de conteúdos da única agência de notícias do país, mas também o investimento nos recursos humanos e nas infraestruturas.

Lusa