Cabo Verde: PR avisa sobre crise causada pela guerra na Ucrânia

O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, alertou publicamente para as sérias consequências da guerra na Ucrânia. Neste sentido, apelou ao consenso entre as forças políticas cabo-verdianas para a tomada de medidas que reduzam o impacto do aumento dos preços de produtos e da pobreza no país. 

As declarações foram feitas nesta terça-feira, 29 de março, no acto solene comemorativo do 51.º aniversário do Município de Santa Cruz. O governante partilhou que as famílias têm enfrentado mais dificuldades com o aumento de preços dos produtos e da pobreza, principalmente em Cabo Verde. 

Neves destacou que, além da guerra, o motivo da crise deve-se à pandemia da Covid-19 e aos três anos consecutivos de seca. Tendo em conta o cenário atual, pediu que fossem tomadas medidas com impactos positivos na vida dos cabo-verdianos. 

“Vivemos novos tempos, em que assistimos, impotentes, a uma situação de guerra na Europa, que ofende o bom senso e a civilização, beirando a barbárie, e que pode arrastar a humanidade para caminhos ainda mais trágicos. Estes terríveis acontecimentos têm lugar antes que o mundo se liberte completamente da pandemia da Covid-19, e das suas consequências nefastas e duradoras para todos, incluindo para Cabo Verde”, disse ao discursar no evento. 

“Como consequência desta realidade adversa, muitas famílias, as mais carenciadas, enfrentam dificuldades acrescidas, a pobreza aumentou e o PIB recuou 14,8%. Esta conjuntura exige que sejamos ainda mais resilientes. O aumento generalizado de preços que se verifica atualmente, particularmente após a eclosão da guerra na Ucrânia, que atinge sobretudo as camadas menos possidentes da sociedade, e a difícil situação por que passam as empresas, com o evidente perigo de colapso e consequências muito nefastas para o emprego e o rendimento das famílias, requerem medidas urgentes, ousadas e inovadoras. Tais medidas, pela sua amplitude e impacto, devem ser gizadas num quadro de consenso entre as principais forças políticas”, concluiu.

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