Brasil volta atrás e decide enviar observadores eleitorais à Venezuela

Apesar de ter dito inicialmente que não enviaria observadores à Venezuela, sem explicar os motivos da recusa, a mais alta autoridade eleitoral do Brasil comunicou ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro que enviará dois dos seus técnicos ao país vizinho.

 

Trata-se da diretora da Assessoria de Gestão Eleitoral do TSE, Sandra Damiani, e do chefe da Coordenação de Sistemas Eleitorais, José de Melo Cruz, segundo a notificação enviada ao Ministério das Relações Exteriores.

O tribunal eleitoral brasileiro não explicou o motivo da mudança de decisão.

Em junho, quando rejeitou o convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, houve controvérsia sobre a decisão deste órgão de rejeitar uma missão de observadores anunciada pela União Europeia.

Na altura, surgiram também dúvidas sobre a possível participação nas eleições de candidatos opositores a Nicolas Maduro, vários dos quais foram impedidos de se registar, e acusações de que o Governo estaria a preparar uma fraude eleitoral para se manter no poder.

Maduro, que tenta a reeleição e governa a Venezuela desde a morte de Hugo Chávez em 2013, é acusado pela oposição de liderar um regime que tem as autoridades eleitorais sob o seu controlo.

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