Brasil lidera Mundial de Marcha e perde título por cartão amarelo

O revezamento é uma prova de 42 quilômetros em que um homem percorre metade do pecurso e, uma mulher, a outra metade. Cada um faz, assim, 21km, muito perto da distância olímpica, que é de 20km. Como não há variação significativo de tempo na passagem de um para outro (isso é feito passando uma pulseira), o potencial de uma equipe é medido pela soma do tempo dele e dela.

Nesse contexto, Japão e China eram os grandes favoritos, com o Brasil logo atrás. Na primeira perna da prova, Caio se manteve no primeiro pelotão, junto com diversos países. Quando Viviane assumiu, ela disparou junto da equipe 1 da China (cada país tinha direito a três duplas).

Vivi passou a pulseira em primeiro para Caio, que logo perdeu a liderança para japonês Koki Ikeda, medalhista olímpico e líder do ranking mundial. Mas Viviane, na última perna, chegou na japonesa e logo a deixou para trás, abrindo vantagem na ponta contra Kumiko Okada.

Grande estrela da conquista, Viviane Lyra só surgiu no cenário da marcha atlética aos 22 anos. Até a pandemia, vendia pastel na feira para pagar o curso de nutrição. Só nos últimos dois anos ela começou a apresentar resultados relevantes no cenário internacional, alcançando o índice olímpico na temporada passada.

Mas, até aqui, ela nunca havia brigado por coisas grandes. E hoje foi muito além: levou o Brasil até perto de um título mundial junto de Caio Bonfim, que já tinha dois bronzes na prova individual em Mundiais de Atletismo, em 2017 e no ano passado.

No fim, o Brasil fez 2h59min55s. A Itália ganhou com 2h56min45s, seguida do Japão (2h57s04) e da Espanha (2h57s47). Viviane estava à frente do Japão, em primeiro, ao ser punida.


Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.