Brasil e China pedem desescalada de guerra e cúpula com Rússia e Ucrânia

A aproximação ocorre ainda num momento crítico da guerra. Os russos avançam e há, no Ocidente, uma fadiga na ajuda para a Ucrânia.

O governo brasileiro ainda se recusou a participar da cúpula sobre a Ucrânia que ocorre em junho, na Suíça, e que não terá a presença de Moscou. Lula declinou o convite diante do temor de que o evento seja usado apenas para chancelar o plano de paz de Volodymyr Zelensky. Putin chegou a confessar a interlocutores brasileiros que aceitar o plano era sua capitulação, já que exige que as tropas russas deixem todos os territórios ucranianos antes de um processo negociador começar.

Numa nota, Brasil e China afirmam que “tiveram uma profunda troca de pontos de vista sobre a promoção de uma solução política para a crise da Ucrânia e o apelo para a desescalada da situação, e chegaram aos seguintes entendimentos comuns:

DESESCALADA DO CONFLITO – Os dois lados pedem a todas as partes relevantes que observem três princípios para a redução da situação, ou seja, nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada dos combates e nenhuma provocação de qualquer parte.

CONFERÊNCIA DE PAZ COM RUSSOS E UCRANIANOS – Os dois lados acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todas as partes devem criar condições para a retomada do diálogo direto e pressionar pela redução da escalada da situação até a realização de um cessar-fogo abrangente. A China e o Brasil apoiam uma conferência internacional de paz realizada em um momento adequado e reconhecido pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação igualitária de todas as partes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz.

TROCA DE PRISIONEIROS – São necessários esforços para aumentar a assistência humanitária às regiões relevantes e evitar uma crise humanitária em maior escala. Os ataques a civis ou a instalações civis devem ser evitados, e os civis, incluindo mulheres e crianças, e os prisioneiros de guerra (POWs) devem ser protegidos. Os dois lados apoiam a troca de prisioneiros de guerra entre as partes do conflito.


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